Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rattis, Bruna Amanda da Cruz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-13072022-152534/
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Resumo: |
Introdução: A disfunção cardíaca induzida pela sepse (DCIS) é um fator determinante no prognóstico do paciente, e apesar do conhecimento considerável de sua fisiopatologia, pouco avanço terapêutico foi feito, mantendo a sepse como uma das principais causas de morte pelo mundo. A etiologia da DCIS vem sendo elucidada ao longo dos anos, as alterações estruturais e ultraestruturais nas células cardíacas já estão bem estabelecidas na literatura. Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido a nível molecular, afim de compreender pontualmente o inicio da sinalização celular mediante ao estresse séptico. Dessa forma, a mTOR, via de sinalização envolvida na sobrevivência celular, na resposta da célula ao estresse e na síntese proteica pode ser ponto chave. A curcumina surgiu como um possível inibidor da via da mTOR. Objetivo: Dessa forma, o objetivo deste estudo é avaliar a ação da curcumina sobre a via mTOR no coração de camundongos submetidos a sepse experimental por ligadura e perfuração do ceco. Metodologia: Foram utilizadas duas formulações de curcumina, sendo uma composta pela curcumina livre (CL) e outra de nanocurcumina (NC). A toxicidade da NC foi avaliada in vitro a partir de células H9c2. Posteriormente, foram utilizados camundongos da linhagem C57BL/6 para indução de sepse através da técnica de ligadura e perfuração do ceco distribuídos em seis grupos: falso-operados (SHAM), falso-operados tratados com CL (SH+CL); falso-operados tratados com NC (SH+NC); séptico (CLP); séptico tratado com CL (CLP+CL); séptico tratado com NC (CLP+NC). O tratamento foi realizado logo após o procedimento cirúrgico. As coletas foram feitas após 24 e 120 horas após a sepse. As análises histopatológicas foram analisadas por metacrilato. A expressão gênica e proteica da via mTOR foi avaliada por Western Blotting e real-time PCR. Resultados: O tratamento com nanocurcumina em células H9c2 foi bem tolerado, não apresentando toxicidade celular. A análise da sobrevida, temperatura, peso e escore clínico revelou que o tratamento não interferiu na progressão da sepse. Do ponto de vista histopatológico e ultraestrutural, os tratamentos com CL e NC reduziram as lesões cardíacas ocasionadas pela sepse. Ademais, observamos que a curcumina atuou de maneira pontual na via mTOR, onde o tratamento com CL e NC reduziu os níveis de mRNA nos grupos (CLP+CL e CLP+NC) em 24 horas. A análise dos níveis proteicos em 120 horas mostrou aumento significativo no grupo CLP em relação ao controle, além disso, foi observado aumento no grupo séptico tratado (CLP+NC) quando comparado ao séptico sem tratamento (CLP). Conclusão: Nossos resultados indicam que a curcumina, mesmo que na sua forma livre, apresenta efeito cardioprotetor na sepse murina. Além disso, mostramos que a sepse atua sobre a via da mTOR e a curcumina teve ação sobre a expressão gênica de mTOR, se destacando como um alvo terapêutico promissor para futuras pesquisas pré-clinicas e clínicas. |