Curvas de dose resposta e isobologramas como forma de descrever a associação dos inibidores da ALS (sulfometuron-methyl e chlorimuron-ethyl) em Digitaria insularis (L.) Fedde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paris Junior, Marco Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-22082018-134131/
Resumo: O interesse em efeitos sinérgicos ou antagônicos através de experiências com associações cresceu imensamente nas últimas décadas. Com o objetivo de estudar a associação de dois herbicidas inibidores da ALS (sulfometuron-methyl e chlorimuron-ethyl) em Digitaria insularis, empregou-se dos métodos estatísticos fornecidos por meio das curvas dose-resposta e isobologramas. O conceito de curvas dose-resposta tem sido amplamente utilizado para avaliar os resultados das experiências com herbicidas. No entanto, a abordagem estatística em torno das curvas deve ser cuidadosa; cosiderar as curvas dose-resposta semelhantes quando elas não são pode influenciar muito na comparação entre as moléculas e afetar o cálculo da potência relativa. A potência relativa ajuda a entender qual é a relação de potência entre as moléculas, esse conhecimento é fundamental para os estudos com os herbicidas em associação. Sabendo-se disso foram conduzidos experimentos do tipo dose-resposta em dois tipos de substratos utilizando Digitaria insularis como planta daninha indicadora. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da DuPont em Paulínia (SP). Para cada molécula foram aplicadas, em pré-emergência, oito doses com quatro repetições cada e quatro plantas testemunha nos diferentes substratos. O substrato A é somente substrato comercial (marca Tropstrato HT®) puro; E o substrato B é uma mistura de solo arenoso, peneirado e livre de contaminação mais substrato comercial na proporção 3:1 v/v. Neste caso ficou evidente a maior capacidade do sulfometuronmethyl em reduzir a biomassa da espécie, as curvas dose-resposta foram descritas pelo modelo log-logístico com os valores de ED50 e as declividades de cada curva variando livremente, pois as hipóteses testadas nos diferentes substratos de curvas paralelas foram rejeitadas. O valor calculado da potência relativa para o nível de resposta de 50% entre os herbicidas CLASSIC® (chlorimuron-ethyl) e CURAVIAL® (sulfometuron-methyl) nas condições desse estudo foi de 8,596 e 44,047 nos Substrato A e B respectivamente. A partir dessa informação foram utilizadas as mesmas condições do experimento anterior para o experimento com as isoboles dos herbicidas em associação, cinco curvas dose-resposta, foram propostas, duas curvas para os produtos isolados e três curvas para as associações em diferentes proporções [(25% : 75%); (50% : 50%); (75% : 25%)] chlorimuron-ethyl / sulfometuron-methyl, totalizando 144 parcelas. Vários modelos isoboles foram testados, o modelo de Concentração Aditiva foi significativamente descartado, mas foi levado em consideração para testar teoricamente o grau de sinergia ou antagonismo que modelos mais complexos podiam fornecer. O modelo de isobole proposto por Hewlett e Plackett (1959) teve ajuste significativo e parâmetro de interação menor que um (λ=0,33). O modelo que mais se ajustou aos dados foi o proposto por Vølund e os resultados também mostraram que nessas condições a associação de sulfometuron-methyl com chlorimuron-ethyl foi antagônica; as isoboles são potentes ferramentas para capturar e descrever associações de herbicidas. Entretanto a literatura mostra que associar duas moléculas e testar em um sistema biológico complexo sofrendo variações das diferentes condições ambientais possíveis pode gerar respostas variáveis, portanto esses resultados devem ser repetidos em outras condições para validar as conclusões ou então serem executados em condições controladas de laboratório e usar organismos vivos de menor complexidade como bioindicador.