Uso intravítreo de fração mononuclear da medula óssea (FMMO) contendo células CD34+ em pacientes portadores de Distrofia Macular tipo Stargardt

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cotrim, Carina Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-19092019-115150/
Resumo: Objetivos: Avaliar o potencial terapêutico e a segurança do uso intravítreo de fração mononuclear da medula óssea (FMMO) contendo células CD34+ em pacientes portadores de Distrofia Macular do tipo Stargardt (DMS). Casuística e Métodos: Foram avaliados 10 pacientes com Distrofia de Stargardt com acuidade visual no pior olho <=20/125. Foi obtido aspirado da medula óssea de todos os pacientes, e após o processamento do material no hemocentro, foi injetado 0,1 ml da suspensão de FMMO intravítreo no olho com pior acuidade. Foi realizada injeção simulada (Sham) no olho contralateral. Os pacientes foram avaliados no baseline, 1, 3, 6, 9 e 12 meses após a injeção. Todos realizaram medida da melhor acuidade visual corrigida (MAVC), microperimetria, eletrorretinografia multifocal (ERGmf) e de Campo Total, autofluorescência e Tomografia de coerência óptica (OCT). Também foi realizada angiografia fluoresceínica antes da injeção, seis e doze meses após. Resultados: Todos concluíram seis meses de avaliação e oito completaram nove meses e seis pacientes finalizaram os 12 meses. A média da acuidade visual antes da injeção intravítrea no olho tratado foi de 1,1 logMAR (20/250), em um e três meses após a injeção IV foi de 0,96 logMAR (20/200+2) e 0,92 logMAR (20/160-1), respectivamente; No olho não tratado, a média da AV no baseline foi de 1,0 logMAR ( 20/200) e com um e três meses foi de 0,96 logMAR (20/200+2), 0,94 logMAR (20/160-2), respectivamente. A AV no baseline no grupo T variou entre a melhor e pior acuidade, respectivamente, entre 20/125-1 a 20/640+2, passando para 20/100+2 e 20/400 no primeiro mês. No grupo NT, a acuidade visual variou no baseline de 20/100+2 a 20/400, 20/100 a 20/400 com um, Houve diferença estatisticamente significativa no grupo tratado em todos os seguimentos. No grupo não tratado, não houve diferença significativa. Em relação à média da sensibilidade da microperimetria, apesar da melhora em todos os meses, a diferença significativa ocorreu apenas no primeiro mês pela análise do teste T (p<0,01) e com doze meses na covariância (p<0,0097). No olho NT, não houve diferença significativa em nenhuma análise. A angiofluoresceinografia não apresentou crescimento de neovasos ou tumores. Os demais exames foram utilizados para auxílio diagnóstico. Conclusão: Os resultados indicam que o uso de FMMO intravítreo em pacientes com Distrofia de Stargardt é seguro e está associado à melhora da acuidade visual e microperimetria no olho tratado em comparação ao olho não tratado.