Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1974 |
Autor(a) principal: |
Crocomo, Doraci Heloisa Geraldi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-154434/
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Resumo: |
Os objetivos básicos deste trabalho foram: a) ajustar uma função de produção do tipo Cobb-Douglas às culturas de milho e de soja, utilizando-se dados obtidos em entrevistas diretas com os agricultores; b) estudar as relações de oferta estática, dessas culturas, derivadas das funções de produção; c) determinar as elasticidades de oferta dos produtos; d) determinar as elasticidades parciais de demanda dos fatores de produção. Utilizou-se, para isso, dados de 120 entrevistas diretas com os agricultores dos municípios de Guaíra, Jardinópolis e Sales de Oliveira, no Estado de São Paulo, sobre o ano agrícola de 1971/72. Baseando-se na produtividade média da amostra, dividiu-se os dados em 2 grupos: grupo I e grupo II (respectivamente abaixo e acima da produtividade média da amostra), indicando, possivelmente, diferentes níveis de tecnologia. Fez-se ainda um ajustamento com o total de propriedades de cada cultura, sendo, portanto, analisados 6 diferentes grupos no total. Dois métodos foram utilizados para a estimação dos parâmetros da função de produção: o tradicional Método dos Quadrados Mínimos e o Método de Klein. Nesse último, os coeficientes (elasticidades) da função de produção são obtidos como uma média geométrica das proporções dos respectivos fatôres para o valor total do produto para firmas individuais. Para a determinação das curvas de oferta, optou-se pelos resultados obtidos pelo Método de Klein que, apesar de certas limitações, não violaram as condições de 2ª ordem para maximização de lucros de uma firma em competição perfeita, o que ocorreu com os resultados do 1º método. Com base nos resultados obtidos pode-se chegar as seguintes conclusões: 1) As produtividades, expressas em sacos de 60 kg/alq., foram de 93,9 para o milho e 70,3 para a soja, sendo a primeira bem superior à média do Estado de São Paulo e a segunda semelhante. Embora a região estudada seja especializada em culturas anuais e uma das mais adiantadas do Estado, poderá ainda melhorar seus rendimentos. 2) Em média as propriedades do Grupo II utilizam mais fertilizantes por unidade de área que as do Grupo I. Acontece o mesmo para a utilização de mão de obra no caso do milho e o inverso no caso da soja, indicando, possivelmente, a necessidade de uma maior mecanização em substituição à mão de obra para essa cultura. 3) As correlações entre algumas variáveis independentes foram muito altas e, em alguns casos, maiores que o próprio coeficiente de correlação múltipla (R) obtido para o Método dos Quadrados Mínimos. O Método de Klein embora com algumas limitações eliminou os problemas associados à multicolinearidade. 4) Com exceção do Grupo I, para o milho, em que a soma dos coeficientes foi aproximadamente um, os outros ajustamentos indicaram que os agricultores da amostra estão operando com retornos decrescentes à escala. 5) Para a soja, no curto prazo e a um determinado preço, maiores quantidades serão oferecidas pelos grupos de maior produtividade em relação aos de menor. No caso do milho, isso irá ocorrer até a um preço de aproximadamente Cr$ 42,00 por saco, ocorrendo o inverso depois. Poderia se supor, de uma maneira geral, que as propriedades do Grupo II possuem um melhor nível tecnológico. 6) As elasticidades de oferta no longo prazo, para o milho e para a soja, foram sempre maiores do que as do curto prazo, indicando uma oferta mais elástica no 1º caso, o que é consistente com a teoria, ou seja, aumentos substanciais nos preços desses produtos provocariam modificações substanciais maiores no longo prazo. 7) Quanto às elasticidades de demanda dos fatôres os maiores valores encontrados foram para as variáveis área plantada, no caso do milho, e gastos com máquinas no caso da soja, para todos os grupos estudados. |