O discurso da memória: entre o sensível e o inteligível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barros, Mariana Luz Pessoa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-29042013-101320/
Resumo: Com base na teoria semiótica greimasiana e em seus desdobramentos na gramática tensiva, são analisados diferentes gêneros autobiográficos produzidos no Brasil, como a autobiografia literária em prosa, os poemas de caráter autobiográfico e os memoriais acadêmicos. Um dos objetivos deste trabalho é examinar a construção desses gêneros em relação com as esferas da comunicação de que participam: a esfera literária e a esfera acadêmica. Além disso, são analisadas as formas de adesão do enunciatário aos discursos, uma vez que, em cada gênero e mesmo em cada texto, o enunciador, ao apresentar retrospectivamente a sua vida, regulamenta de forma singular a entrada de grandezas no campo de presença do enunciatário. A análise do corpus permite propor duas formas discursivas de memória como categoria analítica dos discursos autobiográficos: a memória do acontecido e a memória-acontecimento. Mais da ordem do inteligível, a primeira manipula o enunciatário por meio de estratégias que privilegiam a legibilidade do texto, enquanto a segunda promove uma experiência, predominantemente, sensível. Os diversos gêneros que compõem o corpus desta pesquisa tendem a favorecer uma combinação específica entre essas duas formas da memória. Isso possibilita que eles sejam organizados num gradiente, que tem num dos extremos os memoriais acadêmicos e, no outro, os poemas de caráter autobiográfico. As autobiografias literárias em prosa se encontram entre as duas pontas, ora tendendo para um, ora para outro extremo.