Treinamento psicológico e sua influência nos estados de humor e desempenho técnico de atletas de basquetebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Deschamps, Silvia Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-16042010-111517/
Resumo: Este estudo teve como objetivos identificar os tipos psicológicos mais recorrentes no grupo de atletas analisados e verificar a influência do treinamento psicológico nos estados de humor e desempenho técnico. A amostra foi composta por 17 atletas de basquetebol de alto rendimento, componentes de duas equipes que disputaram os Jogos Regionais de São Paulo, em 2007. Cada equipe realizou seis jogos no referido campeonato.As equipes foram divididas em grupo experimental (equipe A com treinamento psicológico n=9) e grupo controle (equipe B sem treinamento psicológico n=8). Ambas as equipes responderam aos seguintes instrumentos: QUATI (para identificação dos tipos psicológicos), aplicado uma única vez um mês antes da competição e BRAMS (versão brasileira do POMS), que foi aplicado em quatro momentos diferentes (um mês e uma semana antes da competição, e 1º. e 3º. jogos). A essas equipes também foi aplicado o Índice de Eficiência Técnica (adotado pela Confederação Brasileira de Basketball) nos jogos da referida competição. Para o tratamento dos dados foram utilizadas ANOVA e Coeficiente de Correlação de Postos de Spearman.A equipe A foi submetida ao treinamento psicológico baseado no programa desenvolvido por SUINN (1988). Os resultados apontaram que houve uma predominância do tipo psicológico voltado ao pensamento na equipe A, enquanto que na equipe B os tipos predominantes foram sensação e intuição. Houve um equilíbrio entre as atitudes de introversão e extroversão nas duas equipes. Em relação aos estados de humor, a equipe A apresentou os estados negativos (tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão) abaixo do percentil 50 nos momentos 3 e 4 e acima desse percentil nos momentos 1 e 2. Já o estado de humor positivo (vigor) esteve acima do percentil 50 durante todo o período competitivo. Na equipe B, os estados de humor negativos estiveram acima do percentil 50 durante toda a competição, exceto a tensão nos momentos 2, 3 e 4. O estado de humor positivo (vigor) obteve os mesmos índices apresentados pela equipe A. Ao correlacionar-se os estados de humor com os índices de eficiência técnica não foram observados resultados significantes para a equipe A, enquanto que a equipe B apresentou uma forte correlação negativa entre o estado de humor confusão e o índice de eficiência do terceiro jogo (-0,90). Apesar da curta duração do trabalho realizado pode-se considerar que o treinamento psicológico teve sua contribuição na melhora dos níveis de estados de humor dos atletas e não houve correlação significante entre os estados de humor e o índice de eficiência técnica para a equipe A.