Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Luciana Carvalho Bezerra de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-22122020-131239/
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Resumo: |
Este trabalho foi desenvolvido no rio Embú-mirim, um dos principais tributários da represa do Guarapiranga (SP). Aspectos da macrofauna bentônica foram discutidos visando caracterizar as condições ecológicas e sanitárias deste rio e utilizar estes organismos como indicadores da qualidade ambiental (água e sedimento). Foram realizadas 4 coletas nos meses de abril, julho e outubro de 1999 e janeiro de 2000, em treze pontos distribuídos ao longo do rio, com o intuito de avaliar a variação sazonal e espacial dos macroinvertebrados. Além da coleta da fauna bentônica, com pegador do tipo Eckman-Birge e tubo de PVC, com posterior lavagem em rede de malha de 250 11m, obteve-se amostras de água e de sedimento para caracterização físico-química do ambiente e coletou-se material para determinação de coliformes totais e fecais. O tratamento dos dados biológicos relativos ao bentos foi realizado através da comparação dos descritores estruturais da comunidade bentônica (densidade, densidade total, índice de diversidade de Shannon-Wiener, índice de riqueza de taxa, uniformidade e abundância relativa) com os resultados das variáveis ambientais. Utilizou-se o teste de correlação não paramétrico de Spearman, Análise de Agrupamento e Análise de Componentes Principais (PCA) para verificar possíveis similaridades entre os pontos amostrados ao longo do rio e quais variáveis ambientais determinaram o padrão de distribuição da comunidade bentônica. Também foram utilizadas como medidas bioindicadoras da qualidade ambiental: a razão O/C (Oligochaeta/Chironomidae) e Tt/Chir (Tanytarsini / Chironomidae), a densidade total e abundância relativa de Oligochaeta, além da metodologia de avaliação da qualidade das águas do \"Biological Monitoring Working Party Score System - BMWP\" adaptado pelo CETEC-MG/Brasil. Os resultados tanto físicos e químicos quanto biológicos demonstraram a nítida divisão do rio em duas partes: uma de maior inclinação e pouco impactada pela ação antrópica (região de cabeceira-pontos 1, 2 e 3) e outra bastante impactada (região de planície pontos 5 à 13), sendo que o ponto 4, já na planície e que não recebe aportes poluentes consideráveis, apresentou condições intermediárias. As variáveis físicas e químicas permitiram constatar que a principal fonte de poluição é o ingresso de efluentes de esgotos domésticos e da indústria de papel e celulose - RIPASA, portanto a poluição orgânica foi o principal impacto determinado neste ambiente. Quanto à utilização dos organismos bentônicos como bioindicadores estes demonstraram ser bastante eficientes na avaliação da qualidade ambiental, responderam de maneira satisfatória às mudanças ocorridas no meio alterando significativamente a composição de sua comunidade, dos pontos pouco impactados pela ação antrópica para os pontos bastante impactados. Todas as métricas utilizadas responderam de maneira satisfatória, com exceção do índice de abundância relativa de Oligochaeta, densidade total de Oligochaeta e BMWP, confirmando a eficácia dos organismos bentônicos como bioindicadores. |