Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Takaki, Mirelle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75133/tde-28082020-152400/
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Resumo: |
<span style=\"font-weight: 400;\">O presente trabalho descreve o estudo metabolômico de fungos do gênero <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> e de organismos marinhos produtores de tambjaminas <span style=\"font-weight: 400;\">Virididentula dentata<span style=\"font-weight: 400;\">, <span style=\"font-weight: 400;\">Tambja stegosauriformis<span style=\"font-weight: 400;\">, <span style=\"font-weight: 400;\">Tambja brasiliensis<span style=\"font-weight: 400;\"> e <span style=\"font-weight: 400;\">Roboastra ernsti<span style=\"font-weight: 400;\">. Fungos do gênero <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> causam doenças em uma grande variedade de plantas de diversas famílias. Metabólitos secundários produzidos por estes micro-organismos podem constituir parte do processo de virulência associada à sua fitopatogenicidade. Apesar de muitos metabólitos de linhagens de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> já terem sido isolados e identificados, a fitopatogenicidade associada a fungos deste gênero ainda não está bem estabelecida. Com o intuito de se investigar a diferença no metabolismo de linhagens endofíticas e fitopatogênica de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> spp., 25 isolados de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> foram investigados, dentro os quais 16 eram endofíticos e 9 fitopatogênicos. Os extratos dos meios de cultivo foram fracionados e analisados por UPLC-IMS-QToF-HRMS. Os dados brutos foram processados empregando-se ferramentas <span style=\"font-weight: 400;\">in-house<span style=\"font-weight: 400;\"> e <span style=\"font-weight: 400;\">molecular networking<span style=\"font-weight: 400;\">. A avaliação dos resultados permitiu concluir que linhagens endofíticas e fitopatogênicas de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> spp. possuem metabolismo consideravelmente diferente. Linhagens endofíticas produzem compostos que são comuns à varias linhagens do grupo; já linhagens fitopatogênicas produzem compostos mais específicos a cada um dos isolados. O processo de desreplicação dos resultados de<span style=\"font-weight: 400;\"> molecular networking <span style=\"font-weight: 400;\">utilizando-se uma biblioteca <span style=\"font-weight: 400;\">in-house<span style=\"font-weight: 400;\"> de compostos isolados de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> spp. permitiu a identificação de 5 compostos que apresentam atividade fitotóxica nas amostras relacionadas às linhagens fitopatogênicas. Tais resultados são forte indicativo de que a fitopatogenicidade de linhagens de <span style=\"font-weight: 400;\">Colletotrichum<span style=\"font-weight: 400;\"> podem estar associada à produção de compostos fitotóxicos. Tambjaminas são um grupo de alcalóides quimicamente relacionados à prodigiosina e prodigionina, isoladas de bactérias e organismos marinhos como ascídias, briozoários e nudibrânquios. Além de apresentarem atividades biológicas diversificadas, as tambjaminas estão possivelmente relacionadas à mecanismos de defesa dos organismos a partir dos quais são isoladas. Diversos estudos de organismos marinhos produtores de tambjaminas envolvidos em relações presa-predador demonstraram que estes alcalóides foram detectados nos extratos tanto das presas quanto dos predadores. Nesse sentido, foram obtidos os extratos de <span style=\"font-weight: 400;\">V. dentata, T. stegosauriformis, T. brasiliensis e R. ernsti<span style=\"font-weight: 400;\">. A partir da análise dos extratos orgânicos e aquosos dos organismos marinhos por HPLC-UV-ELSD-MS e UPLC-QToF-MS/MS, foi possível confirmar a presença de 6 tambjaminas conhecidas: tambjaminas A, C, D e K e os aldeídos das tambjaminas A e B. A quantificação do conteúdo de tambjaminas nas amostras de diferentes invertebrados por HPLC com detector de fluorescência demonstrou que <span style=\"font-weight: 400;\">T. stegosauriformis<span style=\"font-weight: 400;\"> e <span style=\"font-weight: 400;\">T. brasiliensis<span style=\"font-weight: 400;\"> possuem conteúdo de tambjaminas de 8 e 14 vezes superiores à sua presa <span style=\"font-weight: 400;\">V. dentata<span style=\"font-weight: 400;\">, enquanto que <span style=\"font-weight: 400;\">R. ernsti<span style=\"font-weight: 400;\"> possui concentração de tambjaminas entre 3 e 5 vezes superiores à suas presas <span style=\"font-weight: 400;\">T. brasiliensis<span style=\"font-weight: 400;\"> e <span style=\"font-weight: 400;\">T. stegosauriformis<span style=\"font-weight: 400;\">. Adicionalmente, análises metabolômicas não-direcionadas do extrato do manto de <span style=\"font-weight: 400;\">R. ernsti <span style=\"font-weight: 400;\">permitiram verificar a presença de 6 novas tambjaminas. A síntese, purificação e caracterização das novas tambjaminas permitiu confirmar a estrutura de 1 das tambjaminas inéditas. |