Monitoramento de híbridos comerciais de milho Bt (Bacillus thuringiensis) no controle de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mocheti, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-16062021-181218/
Resumo: A lagarta-do-cartucho-do-milho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada a praga de maior importância na cultura do milho no Brasil e outros países da América Latina. O controle deste inseto era baseado majoritariamente no uso de inseticidas sintéticos, entretanto, diversos casos de populações resistentes foram relatados, fazendo com que novas estratégias de controle fossem adotadas. A utilização de híbridos de milho com tecnologia Bt tem se mostrado uma tática eficaz no controle de S. frugiperda. Entretanto, populações da praga apresentaram resistência a algumas proteínas expressas pelos híbridos, sendo necessário incorporar novas tecnologias e avaliar o desempenho das mesmas em condições de campo. Com isso, o objetivo deste trabalho foi monitorar a eficiência de híbridos de milho Bt no controle de S. frugiperda em campos experimentais nas regiões do Paraná e Distrito Federal. Foram avaliados 14 híbridos comerciais de milho (30F53, 30F35, 30F53H, 30F35H, 30F53Y, 30F35Y, 30F53YH, 30F53VYH, 30F35VYH, 2B810PW, 30A37PW, B2612PWU, DKB290PRO e DKB290PRO3), dos quais, há híbridos que expressam uma proteína, duas ou mais, e também híbridos não-Bt. Campos experimentais foram cultivados entre os anos de 2015 e 2018, nos municípios de Planaltina-DF e Toledo-PR, onde os cultivos foram realizados em duas épocas de plantio em cada ano (primeira safra e segunda safra). Ao atingirem o estágio V6, as plantas de milho foram avaliadas quanto aos danos gerados pelo ataque de S. frugiperda, e desta forma foram atribuídas notas para cada planta, de acordo com a escala Davis. Os híbridos 30F53, 30F53Y, 30F53YH e 30F53VYH também foram avaliados no estágio V8. O experimento seguiu um delineamento em blocos com parcelas casualizados, e as médias foram separadas pelo método de bootstrap (não paramétrico) em cada localidade. Com os resultados do presente experimento foi possível constatar que tecnologias com eventos que expressavam Cry1F e Cry1Ab (30F53H, 30F35H, 30F53Y, 30F35Y, 30F53YH) obtiveram danos iguais aos eventos que não expressavam nenhuma proteína (30F53 e 30F35), híbridos que expressavam Cry1A.105 e Cry2Ab2 (2B810PW, 30A37PW, DKB290PRO e DKB290PRO3) apresentaram danos intermediários e aqueles que expressam a proteína Vip3Aa20 (30F53VYH, 30F35VYH e B2612PWU) apresentaram melhor controle de S. frugiperda em condições de campo. Estes dados podem servir de subsídio para a tomada de decisão de agricultores ao escolher híbridos para plantios comerciais de milho.