Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Caramicoli, Luisa Guirado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30072013-093834/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é confrontar duas formas de tratamento para autismo muito reconhecidas na área da psicologia: a psicanálise e a análise do comportamento aplicada (ABA). O método que instrumentou a pesquisa, desde a formulação de seus objetivos, foi a Análise Institucional do Discurso, de Marlene Guirado. Foram analisados os discursos dos profissionais de cada uma das abordagens, de modo a configurar o lugar do paciente, da família e do analista. Os resultados da análise das entrevistas, corpus discursivo do estudo, foram até certo ponto surpreendentes: não se observaram apenas diferenças no modo como psicanalistas e analistas do comportamento veem a criança com autismo, a família, seu próprio trabalho e o alcance do método de tratamento, como se poderia esperar pela história de divergências teórico-técnicas e epistemológicas entre essas disciplinas do conhecimento, da pesquisa, e da prática profissional. Foram, então, traçadas aproximações e distinções entre os discursos. Tanto as analistas do comportamento quanto as psicanalistas se relacionaram com a criança e com o autismo tal como antecipados pela teoria e pelo método que suportam sua ação. Do mesmo modo, aproximam-se no que diz respeito ao lugar atribuído à criança. Distanciam-se no que diz respeito à confiança mostrada sobre o alcance de mudanças, à objetividade com que definem pontos de partida e de chegada pelos trabalhos clínicos e às certezas quanto aos resultados e à eficácia dos procedimentos terapêuticos e à inserção programada dos pais no tratamento. O estudo aponta, também, para a dimensão institucional de tais práticas de tratamento: o problema da direção e da sustentação do olhar é uma marca da cena terapêutica, e não propriamente, ou apenas, da criança. ABA e psicanálise buscam estender seus âmbitos de ação sobre o autismo, como seu objeto institucional. Nesse jogo, a criança, observada, interpretada, relatada, permanece sem lugar de enunciação |