Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Rocca, Cristiana Castanho de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-16102014-100230/
|
Resumo: |
Introdução: A literatura científica sugere que pacientes com Transtorno Bipolar apresentam dificuldades cognitivas, que parecem persistir mesmo após remissão dos sintomas afetivos. Os déficits encontrados se localizam basicamente nas funções executivas, porém, em amostras de pacientes bipolares eutímicos os resultados são inconsistentes e uma possível justificativa para isto reside na característica do grupo avaliado em relação ao regime medicamentoso, tempo de doença, número de episódios e de internações. Objetivo: O presente estudo teve como proposta investigar o funcionamento executivo de forma ampla em um grupo de pacientes bipolares eutímicos, comparando os resultados obtidos a um grupo de sujeitos controles. Método: Foi utilizada uma bateria de provas neuropsicológicas com a finalidade de avaliar as funções atencionais, memória de trabalho, bem como outros processos mnésticos, flexibilidade mental, habilidade de planejamento, capacidade de análise de situações sociais e de julgamento e crítica. Incluiu-se ainda um questionário auto-aplicativo sobre as habilidades sociais, sendo este o primeiro estudo na literatura a realizar este tipo de comparação. Foram avaliados 25 pacientes e 31 controles. Os grupos foram bem pareados quanto ao gênero, idade, escolaridade e nível intelectual. Resultados: Na avaliação das funções executivas foi observada uma diferença significativa na prova de fluência verbal, com menor produtividade para o grupo de pacientes. Não foram verificadas diferenças entre os grupos nas demais provas aplicadas. Foi encontrada associação entre o número de internações e a presença de sintomas psicóticos com os escores das provas que recrutavam análise visuoespacial, planejamento, velocidade no processamento da informação, controle inibitório e capacidade de julgamento e crítica. Nas habilidades sociais, os pacientes bipolares pontuaram menos nos itens que avaliavam as habilidades de \"conversação e desenvoltura social\" e, \"auto-exposição a desconhecidos e situações novas\". Conclusão: Dentre os componentes das funções executivas houve diferença apenas na prova de fluência verbal, resultado este consistente aos achados da literatura. Em desacordo com pesquisas anteriores, não encontramos diferenças entre os grupos nas seguintes funções cognitivas: atenção, memória, flexibilidade mental, planejamento e na capacidade de julgamento, crítica e análise de situações sociais. Em relação às habilidades sociais, os resultados sugerem um comportamento inibido e hipervigilante dos pacientes em relação ao meio ambiente nos períodos de eutimia quando comparados aos controles |