Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Corrêa Neto, Isaac José Felippe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-21012016-164210/
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Resumo: |
INTRODUÇÂO: Alguns fatores como paridade, cirurgias pélvicas e hipoestrogenismo têm uma relação direta e bem estabelecida com disfunções da musculatura do assoalho pélvico. Outros fatores como o aumento da pressão intra-abdominal, tal como o que ocorre na obesidade, também podem se associar às disfunções do assoalho pélvico. No entanto, distúrbios da defecação e da continência fecal não são muito bem estudados nesse grupo de pacientes. Assim, a manometria anorretal pode avaliar as disfunções do assoalho pélvico nesse grupo. Logo, o objetivo do presente estudo é comparar resultados clínicos e manométricos em obesos graus II e III, com indicação de cirurgia bariátrica, com pessoas não obesas. MÉTODOS: Estudo caso-controle entre pacientes obesos graus II e III, com indicação de cirurgia bariátrica, e pessoas não obesas, sem sintomas anorretais, pareados por idade e sexo. O número de 26 pacientes em cada grupo foi previamente calculado, através de análise estatística. Os critérios de inclusão foram sexo masculino, mulheres nulíparas e ausência de cirurgia abdominal e anorretal prévias. O grupo de pessoas não obesas se compôs de pessoas sem sintomas de constipação intestinal, ou de distúrbios do assoalho pélvico, acrescido aos mesmos já estabelecidos no grupo de obesos. Realizou-se a manometria anorretal com a técnica estacionária e com cateter de oito canais radiais. RESULTADOS: A média de idade no grupo de obesos foi de 44,8 anos (±12,48 desvio padrão) e de 44,1(±11,78) anos no grupo de não obesos (p=0,829). A média de índice de massa corpórea foi de 48,79 (±8,53) no grupo de obesos e 25,08 (±2,84) nas pessoas não obesas (p=0). A incidência de sintomas de incontinência anal no grupo de obesos foi de 65,4% (17 pacientes). Através da manometria anorretal verificou-se uma redução significativa das pressões de contração voluntária no grupo de obesos (155,55 mmHg e 210,06 mmHg, p=0,004) e uma tendência de redução das pressões de repouso nesse grupo (63,66 mmHg e 74,06 mmHg, p=0,051), em comparação com o dos não obesos. A sensibilidade e a capacidade retal mostraram-se similares entre os grupos de obesos e não obesos. Não se verificou diferença estatisticamente significativa nos resultados da manometria anorretal entre obesos com e sem sintomas de incontinência anal. Além disso, a idade também não demonstrou relação com a incontinência anal nos pacientes obesos. A consistência das fezes, que poderia ser um viés para incontinência anal, foi similar entre os grupos (p=0,953). CONCLUSÃO: Nos pacientes obesos graus II e III, com indicação de cirurgia bariátrica, em relação aos não obesos, as pressões de contração anal voluntária são significativamente menores, com uma tendência de redução das pressões de repouso. Além disso, nesse grupo de pacientes, a prevalência de incontinência anal de qualquer tipo é elevada, independente da idade, do sexo e do índice de massas corpórea - o que não se conhecia previamente |