Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brito, Ágata Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-01032021-130822/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A ocorrência de tragédias envolvendo grandes queimados colocou luz ao problema da escassez de pele nos bancos de tecidos do país para atender altas demandas. Apesar das vantagens da utilização de pele de doador falecido no tratamento de queimados, não é fácil a obtenção desses enxertos em razão das baixas taxas de doação do tecido no Brasil. Esse fato pode estar relacionado à representação que a doação de pele tem no imaginário das pessoas. OBJETIVO: Conhecer as representações sociais de familiares de doadores de órgãos a respeito da doação de pele e analisar as convergências e divergências das representações sociais entre os familiares que consentiram e os que recusaram a doação de pele para transplante. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa, realizado com 20 familiares de doadores de órgãos, em situação de morte encefálica, que autorizaram ou não a extração de pele para transplante. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, os dados foram obtidos por meio de entrevista gravada, transcrita e submetida à Técnica de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo fundamentada pela Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. RESULTADOS: Após análise dos dados, emergiram quatro Ideias Centrais e seus respectivos Discursos do Sujeito Coletivo: Os meios de circulação da informação como elementos para a construção da representação da doação de pele; As representações da doação de pele; Influências da representação da doação de pele na tomada de decisão; Propostas de dissipação do conhecimento sobre a doação de pele para a (re)construção de representações sociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo evidencia a importância que os meios de comunicação têm na construção da representação social da doação de pele e que no imaginário dos familiares que consentiram e que não autorizaram a extração desse tecido, a doação de pele é composta, tanto por representações positivas, quanto negativas. As representações podem ter pesos distintos e influenciar na tomada de decisão. Esta investigação, destaca, ainda, de modo inédito, a representação de animalização do doador que pode ser motivo de recusa para a doação de pele. Campanhas educativas realizadas por órgãos governamentais e profissionais de saúde esclarecendo que a doação de pele pode salvar vidas e que a extração dos enxertos desse tecido não altera a aparência do doador falecido, podem ser os primeiros passos para a mudança desse cenário, pois, contribuem para a (re)construção de representações mais positivas quanto à doação de pele. |