Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Luciana Pimentel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-05112021-111317/
|
Resumo: |
Introdução: Os adenomas são os tumores mais comuns originados do tecido cortical adrenal. Essas lesões são detectadas acidentalmente em até 7% dos pacientes submetidos a estudos de imagem realizados por outras razões clínicas. Frequentemente os adenomas contêm lipídios intracitoplasmáticos abundantes e, portanto, aproximadamente 70% dos adenomas adrenais são ricos em gordura sendo prontamente diagnosticados pela Tomografia Computadorizada (TC) sem contraste, uma vez que a maior parte dessas lesões possuem atenuação igual ou inferior a 10 Unidades Hounsfield (UH). No entanto aproximadamente 30% dos adenomas adrenais são pobres em gordura e podem não ser diferenciados das lesões malignas usando apenas a TC sem contraste. Objetivo: Avaliar retrospectivamente as imagens de Ressonância Magnética de pacientes com adenomas pobres em gordura e lesões malignas da adrenal determinando a utilidade da razão de sinal em T2 para caracterização de adenomas. Materiais Métodos: Estudo retrospectivo dos exames de pacientes diagnosticados com adenomas e lesões malignas na adrenal que realizaram Ressonância Magnética entre julho de 2016 e dezembro de 2018, tendo sido incluídos, após as exclusões, 78 lesões para análise, sendo 65 do grupo adenomas e 13 do grupo de lesões malignas. As imagens foram analisadas por dois médicos radiologistas, para avaliação da acuidade diagnóstica do Índice de Intensidade de Sinal (IIS), a homogeneidade das lesões, a razão de sinal em T2 (lesão / músculo paravertebral) e também a reprodutibilidade dos achados da Ressonância. Resultados: As lesões malignas foram maiores do que os adenomas, média de 63,4 ±39,2 mm (variação 23,0 a 143,0 mm) x 17,6 ±6,4 mm (variação 8,0 a 36,0 mm); p <0,0001. O índice de intensidade de sinal nas sequências com desvio químico para lesões malignas (0,09 ±0,16; faixa, 0,11 a 0,50) diferiu significativamente daqueles para os adenomas, 0,573 ±0,27 (variação, -0,02 a 0,91) (p<0,0001). Aproximadamente 10,8% das lesões malignas exibiu IIS na faixa de adenoma (> 16,5%). As lesões adrenais malignas tiveram maior razão de sinal em T2 do que os adenomas, 5,6 ±3,00 (2,37 a 13,25) x 3,25 ±1,47 (intervalo, 0,65 a 8,41) (p<0,0001). As lesões malignas foram mais heterogêneas do que os adenomas com acurácia diagnóstica de até 91,2%, sensibilidade e especificidade de até 89,5% e 100% respectivamente. As acurácias diagnósticas foram de até 88,5% (IC de 95%, 79,2-94,6%) para o índice de intensidade de sinal e de 53,8 % (IC de 95%, 42,2-65,2%) para a razão de sinal em T2 com um valor preditivo positivo de 100% para esse último. O modelo combinado de IIS + homogeneidade de sinal em T2 melhorou a acuidade diagnóstica (97,4%). Conclusão: A homogeneidade de sinal em T2 pode melhorar a acuidade diagnóstica da RM para caracterização dos adenomas adrenais, especialmente aqueles pobres em gordura, melhorando a diferenciação com lesões malignas usando análise combinada, quantitativa e qualitativa (subjetiva). |