Efeito da pré-exposição a dietilpropiona e a cafeína sobre o valor reforçador da dietilpropiona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Garcia-Mijares, Miriam
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-18092006-155123/
Resumo: A literatura recente sobre drogadicção trata a sensibilização produzida pela pré-exposição a estimulantes como um possível fator na aquisição, manutenção e recaída na dependência gerada por essas drogas. O objetivo desse trabalho foi verificar se a pré-exposição a dietilpropiona (DEP) e cafeína (CAF) sensibilizava ratos ao efeito reforçador da DEP. Quatro experimentos foram realizados. No Experimento 1 um grupo de ratos foi pré-exposto i.p. a DEP, enquanto outro grupo de ratos recebia veículo. Posteriormente foi medido o efeito agudo i.p. de três doses de DEP (1,0, 2,5 e 5,0 mg/kg) sobre a atividade motora. No Experimento 2, o procedimento de pré-exposição foi similar ao descrito para o Experimento 1. Posteriormente, foi medida a preferência condicionada de lugar (CPP) produzida por três doses de DEP (1,0, 2,5 e 5,0 mg/kg). O Experimento 3 constou de duas partes. Na primeira parte, ratos adultos foram pré-expostos a CAF i.p., enquanto que outro grupo recebia veículo. Posteriormente foi medida a CPP induzida por 2,5 mg/kg de DEP. Na segunda parte desse experimento, ratos adolescentes foram pré-expostos oralmente a CAF por 56 dias consecutivos, enquanto que outro grupo de ratos recebia água. Posteriormente foi medida a CPP induzida por 1,0 mg/kg de DEP. No Experimento 4, ratos adolescentes foram submetidos a um procedimento de pré-exposição similar ao descrito para a segunda parte do Experimento 3. Posteriormente foi medido o desempenho sob um esquema de razão progressiva (PR), em que os animais eram reforçados oralmente com uma solução de DEP. Os resultados do Experimento 1 mostraram que as doses de 2,5 e 5,0 mg/kg de DEP aumentaram a atividade motora. Também foi observado que, na dose de 5,0 mg/kg de DEP, esse efeito era maior para os animais que tinham sido pré-expostos, indicando que a CAF sensibilizou o efeito da DEP sobre a atividade motora. Os resultados do Experimento 2 indicaram que as doses de 2,5 e 5,0 mg/kg de DEP produziram CPP, mostrando com isso valor reforçador; porém, não foi observada sensibilização desse efeito. Os resultados do experimento 3 revelaram que nem a pré-exposição oral a CAF desde a adolescência até a idade adulta, nem a pré-exposição i.p. na idade adulta, sensibilizou o valor reforçador da DEP quando medido pelo modelo de CPP. Os resultados do Experimento 4 mostraram que a pré-exposição oral a CAF desde a adolescência até a idade adulta sensibilizou o valor reforçador da DEP quando medido pelo modelo de PR. Os resultados são discutidos em relação aos comportamento medidos pelos modelos usados para medir o valor reforçador da DEP ao potencial de dependência da DEP e à importância do consumo precoce de cafeína na vulnerabilidade à dependência de drogas.