Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bortolato, Laura Minatel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-10012025-184100/
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Resumo: |
O crajiru (Fridericia chica (Bonpl.) Lohmann) é uma espécie amazônica, que possui grande potencial de crescimento econômico, principalmente para fabricação de pigmentos e compostos medicinais. Seus compostos secundários de interesse são antocianinas produzidas em suas folhas. Atualmente, há poucos estudos sobre a propagação in vitro do crajiru. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar técnicas de cultura de tecidos vegetais, empregando duas vias, a organogênese direta e a embriogênese indireta, em F. chica. Para obtenção do meio de cultivo mais adequado para organogênese direta, foram comparados os meios de cultura MS e WPM; em seguida a melhor combinação e concentração de reguladores de crescimento, comparando diferentes doses da citocinina BAP (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 mg.L-1 ) combinadas com a auxina AIA (0,0 e 0,1 mg.L-1 ), e depois com a auxina ANA (0,0 e 0,1 mg.L-1), além de doses isoladas de BAP (0,0; 0,5; 1,0; 2,0 mg.L-1). Em seguida, utilizando sistema de imersão temporal, foram avaliadas diferentes concentrações de sais MS (MS e ½ MS), e frequências de imersão distintas (1; 2 e 3 vezes ao dia). Todas as plantas dos experimentos foram aclimatizadas. Para via embriogênese indireta, foram avaliados dois tipos de explante (folhas sem as pontas (SP) e pontas das folhas (P)), a concentração e combinação mais adequada de reguladores vegetais para formação de calos, testando para SP o meio MS com 2,0 mg.L-1 de BAP, combinado com diferentes doses de 2,4-D ou ANA (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 mg.L-1), e para P o meio MS com 2,0 mg.L-1 de BAP com doses distintas de 2,4-D (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 mg.L-1). Em seguida foram feitos três testes para indução de embriões, acrescentando ao meio ½ MS diferentes reguladores de crescimento e doses, combinando as citocininas: BAP, cinetina e 2-ip; e a auxina ANA; e foi feita a avaliação anatômica e morfológica dos calos. Além disso, ao final fizemos a extração de pigmentos de folhas obtidas in vitro, aclimatizadas e da matriz, a fim de verificar se há diferença entre elas no rendimento de pigmentos (%). Na organogênese direta foi mais adequado para multiplicação do crajiru o meio MS acrescido de 1,0 mg.L-1 de BAP, sem adição de auxinas; o cultivo em biorreatores é viável com o uso do meio MS e frequência de 3 vezes ao dia de imersão, e tivemos sucesso na aclimatização. Para embriogênese indireta não houve diferença entre os tipos de explantes, o meio MS com 2,0 mg.L-1 de 2,4-D e 2,0 mg.L-1 de BAP gerou calos de forma mais rápida e eficiente, não houve formação de embriões em nenhum tratamento, e o mais adequado é a transferência dos calos para o meio de indução de embriões com 30 dias. Não houve diferença de rendimento de pigmentos entre os tratamentos. Concluindo que a propagação in vitro é eficiente para o crajiru, mas novas pesquisas devem ser feitas para aprimorá-la, principalmente em relação aos biorreatores, e a indução de embriões. |