O professor coordenador pedagógico e o cotidiano escolar: um estudo de caso etnográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Roman, Marcelo Domingues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-08082006-150737/
Resumo: Esta pesquisa tem como tema o trabalho do professor coordenador pedagógico (PCP) e objetiva contribuir para a compreensão da atuação desse profissional na escola. Para isso, realizou-se um estudo de caso de tipo etnográfico em uma escola estadual paulista. Os procedimentos de pesquisa incluem observação participante, entrevistas, análise de documentos e pesquisa bibliográfica. A pesquisa revela que o PCP participa de uma tendência histórica que atribui aos profissionais de coordenação pedagógica a tarefa de representar um agente de inovações no cotidiano das práticas pedagógicas. Essas inovações provém dos órgãos de planejamento técnico do sistema educacional e encontram, nos procedimentos cristalizados do cotidiano escolar e em suas condições concretas de funcionamento, grandes obstáculos. A função de PCP e as inovações que por seu intermédio se buscam implementar são apropriadas pelos sujeitos que compõem o cotidiano, definindo-as, na prática, como resultantes de uma complexa rede de relações institucionais. Esta rede é marcada por um emaranhado de conflitos, dos quais o PCP participa ativamente e simultaneamente o sujeitam, ocasionando facilmente a indefinição de suas funções em relação à determinação regulamentar de suas atribuições. O desenrolar dos conflitos leva a exercícios instáveis de poder e a estabelecimentos provisórios de aliança, em que freqüentemente a função educacional da escola é relegada. Isso faz com que o professor coordenador pedagógico acabe tendo muito pouco de professor, de coordenador e muito menos de pedagógico.