Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Reis, Daniela Caetano Costa dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05012017-132515/
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Resumo: |
A insuficiência aórtica (IAo) crônica é uma lesão regurgitante, caracterizada pelo fluxo retrógrado de sangue durante a diástole. A utilização do exercício físico como forma de exploração das repercussões funcionais, caracterização da gravidade da IAo e determinação da classe funcional objetivamente, além da identificação de parâmetros funcionais capazes de identificar o estágio clínicofuncional na IAo é bastante atraente. Objetivos: avaliar a capacidade funcional dos portadores de IAo através do teste de esforço cardiopulmonar (TCP) e do teste de caminhada de seis minutos (TC6\'), subdivididos de acordo com a gravidade da regurgitação da válvula; comparar o desempenho desses portadores de IAo no TCP a um grupo de voluntários saudáveis; testar a reprodutibilidade do TC6\' nessa amostra de portadores de IAo. Casuística e métodos: os pacientes foram submetidos à ressonância magnética cardíaca e distribuídos em grupos IAo leve (n=6), IAo moderada (n=9) e IAo grave (n=10). Doze voluntários saudáveis foram incluídos (grupo controle - GC). Os voluntários estudados foram submetidos a um TCP máximo em cicloergômetro, com protocolo incremental do tipo rampa e a dois testes de caminhada de seis minutos (TC6\'-1 e TC6\'-2), com intervalo de 30 minutos entre eles. Resultados: no repouso, não encontramos diferença estatisticamente significante dos valores de VO2, frequência cardíaca e pressão arterial diastólica; a pressão arterial sistólica foi menor no GC, comparada ao grupo IAo grave. No esforço submáximo não identificamos diferença estatisticamente significante nos parâmetros, exceto pela potência que foi menor no grupo IAo grave quando comparada ao GC. A FC pico foi maior no GC, comparado ao grupo IAo leve e IAo moderada; a potência no pico do esforço foi maior no GC comparado aos grupos IAo leve, IAo moderada e IAo grave; a Ve no pico do esforço foi menor no grupo IAo grave quando comparado ao GC. No 9 grupo IAo grave, a medida de VO2 pico real foi menor que o VO2 pico predito, representando 77% do predito. Ve/VCO2 slope, OUES e pulso de O2 não foram diferentes entre os grupos. As medidas obtidas no TC6\', no repouso, no pico ou na recuperação, não demonstraram diferença estatisticamente significante entre os grupos; os TC6\'-1 e TC6\'-2 se mostraram reprodutíveis e houve fraca correlação entre VO2 pico obtido no TCP e distância percorrida do TC6\'-2 nos portadores de IAo, independente da gravidade da regurgitação da válvula. Conclusão: em portadores de IAo crônica pura assintomáticos, as medidas de trocas gasosas e as respostas hemodinâmicas e metabólicas frente ao exercício físico podem não caracterizar a gravidade da regurgitação da válvula. Apesar de assintomáticos ou minimamente sintomáticos, e de apresentarem modestos sinais de remodelamento ventricular esquerdo, os portadores de IAo grave apresentavam-se com capacidade funcional reduzida, podendo ser resultado do processo evolutivo da doença. O TC6\' não foi capaz de diferenciar os portadores de IAo crônica pura assintomáticos, porém mostrou ser reprodutível nessa amostra de pacientes com IAo, o que sugere ser essa ferramenta útil no seguimento desses pacientes e possível identificação de limitações funcionais que possam vir a surgir com a evolução da doença. |