Diversidade dos Belytinae (Hymenoptera: Diaprioidea: Diapriidae) ao longo de um gradiente latitudinal de Mata Atlântica Ombrófila Densa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Quadros, Alex Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-06102015-140638/
Resumo: Os principais objetivos deste trabalho foram conhecer a distribuição da riqueza dos Hymenoptera parasitoides Diapriidae Belytinae ao longo de um gradiente latitudinal da Mata Atlântica e explicar as causas do padrão de riqueza encontrado por comparação com os padrões descritos para outros grupos. Os Belytinae exercem papel chave na regulação natural de populações de muitas espécies de Mycetophilidae e Sciaridae (Diptera) e o conhecimento sobre a diversidade desta subfamília no bioma Mata Atlântica é relativamente pequeno. O material utilizado neste estudo provém de coletas realizadas em 18 localidades regularmente espaçadas, da Paraíba à Santa Catarina, entre os anos de 2000 e 2002, no âmbito do projeto Riqueza e diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao longo de um gradiente latitudinal na Mata Atlântica - a floresta pluvial do leste do Brasil (Biota/SP Fapesp). Através de um número padronizado de armadilhas Malaise e de Moericke, e varredura da vegetação foram obtidos 1241 exemplares separados em 115 morfoespécies e oito gêneros. Destes, Scorpioteleia é registrado pela primeira vez na região neotropical e sete (Aclista, Belyta, Cinetus, Odontopsilus, Scorpioteleia, Lyteba e Camptopsilus) são registrados pela primeira vez no Brasil. Foram feitos mapeamentos e diagnoses para todas as morfoespécies e gêneros; as morfoespécies foram todas ilustradas com pelo menos duas fotos. A maior parte das morfoespécies (86) está presente em apenas uma ou duas localidades. Nota-se uma tendência das localidades nas maiores latitudes de apresentarem riquezas de morfoespécies e gêneros significativamente maiores que as das localidades em latitudes menores, mesmo que estas apresentem quantidades de indivíduos significativamente maiores que as daquelas. Os resultados da análise da distribuição dos Belytinae indicam uma quantidade de morfoespécies exclusivas do sul do bioma (6 ou 8) ligeiramente maior que as exclusivas do norte (2), apesar das diferenças serem pouco significativas. A análise de similaridade indicou que a proximidade geográfica parece ser importante condicionante para o padrão de distribuição da fauna na maioria das localidades; os três agrupamentos principais formados nos dendogramas de índices de Sørensen e Jaccard sugerem a presença de dois sub-biomas (Sul + Sudeste e Nordeste). Indícios obtidos a partir das análises e dos dados do presente estudo combinados com informações da literatura ou de pesquisadores sobre a biologia, ecologia e distribuição da riqueza dos Belytinae, seus hospedeiros e fungos do solo, tornam plausível a ideia de que os Belytinae tenham a riqueza de espécies aumentada com o aumento da latitude, contrariamente ao padrão mais comum para a maioria dos grupos animais.