Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Schroeder, Ivo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-17072007-113712/
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Resumo: |
Sob o tema política e parentesco, esta tese retoma os estudos sobre os Xerente, um povo indígena Jê do Brasil Central. O sistema de parentesco xerente foi classificado como omaha, mas sua estrutura terminológica oblíqua e assimétrica não foi explorada para entender o regime de trocas matrimoniais e o campo da ação política. O presente estudo parte da noção nativa de respeito que corresponde ao ponto de partida da sociabilidade, pois o respeito funda e organiza a vida social, preside os rituais e as trocas matrimoniais. As pinturas corporais, com os padrões de círculo e traço, despertam de forma imediata um sentido que os Xerente traduzem por wasiwaze ou \"nosso respeito recíproco\". A presente investigação, apoiada em uma ampla base de dados, correlaciona clãs e metades com as práticas de casamento e com os assentamentos no seu território. A análise do dualismo Xerente revela uma estrutura social que é idealmente representada como simétrica. Neste quadro, todavia, a assimetria se infiltra via relações de parentesco. Em presença de trocas unilaterais, os afins se bifurcam em doadores e tomadores de mulheres, produzindo uma estrutura triádica de troca. A interdição da linha materna e a impossibilidade de troca de irmãs projetam o indivíduo numa estrutura de troca assimétrica, ao longo de algumas gerações. A política se funda nos grupos moldados pelas relações de parentesco, mas aqui a ação política será melhor compreendida como um esforço para restabelecer a ordem simétrica ideal, neutralizando essas relações. Da ação política, porém, resultam grupos sociais eqüiestatutários, mecanicamente justapostos, onde a representação é sempre suspeita e muito fugazes os momentos de ação concatenada. Com raras formas de representação coletiva, a política, assim como os rituais, concerne à reprodução simbólica da diferença e persegue o ideal de autonomia de cada assentamento ou grupo social |