Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Miotto, Flávia Herédia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8164/tde-05052023-185102/
|
Resumo: |
Esta dissertação propõe uma leitura barthesiana de O caderno rosa de Lori Lamby (1990) com a hipótese de que este pode ser lido enquanto um texto de gozo (noção barthesiana presente em O prazer do texto, de 1973), já que produz uma fenda, uma ruptura, uma transgressão em relação à ordem social. A proposta de leitura em questão dialoga com os pressupostos teóricos de Freud e Lacan (em relação ao conceito de gozo), além da fortuna crítica de Hilst (Rosenfeld, Muzart, Moraes, Pécora, Hansen, Fernandes, Visnadi, Silva, Cardoso, entre outros). Também são convocados alguns autores que se debruçaram sobre os conceitos de pornografia e erotismo (como Branco, Brandão, Bataille e Maingueneau). Enquanto um texto de gozo (segundo a proposta de leitura deste trabalho), o leitor, quando lê O caderno rosa de Lori Lamby (1990), é levado a um processo de desculturação, nomeado, nesta pesquisa, de ascese perversa, pois é convocado/invocado a se afastar das convenções e da regra, transgredindo os limites que a cultura, a sociedade e os moralismos lhe impõem para, então, elaborar significados àquilo que leu. A fim de discutir sobre a figura do leitor e sua função no processo de atribuição de sentidos ao texto literário, autores como Barthes, Perrone-Moisés, Culler, Jauss, Shattuck e outros são convidados ao debate. Esta dissertação, portanto, tem a intenção de explorar os ecos dos textos barthesianos nas obras literárias e em suas recepções, contribuindo com os estudos de Barthes e Hilst no Brasil, revisitando seus textos e suscitando novas (e plurais) leituras em torno dessas produções. |