Técnicas para definir prioridades em saúde: análise da mortalidade por causas evitáveis em Fortaleza em 1981-83

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Gurgel Carlos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08012018-111700/
Resumo: Foram emitidas consideraçoes sobre os indicadores de saúde e a mortalidade por causas evitáveis como instrumentos para a avaliação das condições de saúde da população e ainda analisados os critérios de prioridades e a importância de estabelecer prioridades em saúde em função da limitação dos recursos para o Setor Saúde. O objetivo geral do trabalho foi o de determinar, analisar e comparar as prioridades em saúde de Fortaleza, segundo técnicas de hierarquização, para a mortalidade por grupos de de causas evitáveis 1981-83. O material básico foi Constituído das declarações de óbitos de residentes em Fortaleza referentes ao período 1981-83, obtidas junto à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. As declarações de óbitos, após a seleção da causa básica de morte, foram codificadas e apuradas por causas, ao nível de categorias, segundo sexo e grupo etário, e, em seguida, distribuídas em grupos de causas evitáveis, conforme a classificação proposta por Taucher. Posteriormente, foram redistribuídas nos diversos grupos de causas evitáveis as declarações referentes às causas mal definidas, proporcionalmente à participação por sexo e faixa etária. Para estabelecer as escalas de prioridades dos grupos de causas evitáveis foram utilizadas doze técnicas: ganhos em esperança de vida ao nascer (e0.) e ganhos em esperança de vida ativa (e a.), mediante tábuas de vida de múltiplo decremento; anos de vida ativa potencial -(ea)X - e de um trabalhador-e ax - perdidos, a partir das tábuas de vida ativa; anos potenciais de vida perdidos, com três variantes, limite em 65 anos (APVP 65), limite em 70 anos (APVP 70) e esperança de vida à idade especificada (APVP ex); técnica CENDES/OPS, consoante três modelos diferentes de transcendência (TCl, TC2 e TC3); e perdas econômicas correntes e futuras (PEC e PEF), baseadas nas medianas de renda por sexo e idade. Essas técnicas foram operadas considerando a eliminação total das causas evitáveis e a eliminação parcial, conforme a vulnerabilidade arbitrada a cada grupo de causas evitáveis. A comparação das escalas decrescentes de prioridades foi efetuada por intermédio da correlação por postos de Spearman. Os resultados do trabalho revelaram que 57,55 por cento e 42,46 por cento dos óbitos em homens e mulheres foram por causas evitáveis correspondendo a taxas de 483,77 por 100,000 homens e 295,30 por 100.000 mulheres, respectivamente, e que a mortalidade por causas evitáveis tem um elevado impacto em anos potenciais de vida perdidos e em perdas econômicas. A hierarquização das prioridades segundo as várias têcnicas apontou os Grupo F - mortes produzidas por violências - e C - evitáveis por medidas de saneamento ambiental - como as duas primeiras prioridades saúde em Fortaleza. A comparação entre conjuntos de técnicas demonstrou que a redução e/ou simplificação do número de técnicas adotadas para definir prioridades em saúde podem ser aplicadas sem sacrifício da precisão oferecida pelo modelo completo, que contempla as doze técnicas. Por fim, foi salientada a contribuição dessas técnicas para orientar o processo político que envolve a decisão de eleger as prioridades em saúde.