Teste de esforço e risco de morte em pacientes com cardiomiopatia chagásica e disfunção ventricular esquerda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Felicioni, Sandro Pinelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-13072023-202754/
Resumo: A doença de Chagas possui múltiplas apresentações, sendo que apenas 10% irão evoluir para disfunção ventricular esquerda (VE). O teste de esforço (TE) tem sido subutilizado como ferramenta prognóstica nessa doença. O objetivo desse trabalho é estudar todas as principais variáveis prognósticas do TE na cardiomiopatia chagásica com disfunção VE, usando como desfecho morte por todas as causas. Esse é um estudo de coorte prospectivo. O TE foi realizado com protocolo de Bruce modificado e recuperação passiva após esforço. As variáveis utilizadas do TE foram tempo de esforço, índice cronotrópico, recuperação da frequência cardíaca (RFC), recuperação da pressão arterial sistólica (PAS), comportamento da PAS no esforço e alterações eletrocardiográficas. Análise de regressão de Cox foi usada para determinar o risco de morte, ajustado para variáveis demográficas, fatores de risco cardiovasculares, medicamentos e fração de ejeção do VE. Um total de 46 pacientes foi elegível. A média de idade foi de 57,70 (DP 9,22) anos, 25 (54,3%) eram mulheres e 42 (91,3%) usavam betabloqueadores. Houve 14 (30,4%) óbitos durante o período total de seguimento de 68 meses. Apenas duas variáveis do TE mostraram associação independente com risco de óbito: tempo de esforço > 6,5 minutos (HR = 0,286; IC95% 0,086 - 0,952; p = 0,041) e RFC ³ 8 bpm (HR = 0,146; IC95% 0,036 - 0,585; p = 0,007). Em conclusão, o TE se mostrou ferramenta prognóstica útil na cardiomiopatia chagásica com disfunção VE através da análise do tempo de esforço e RFC.