Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Mariana de Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012011-101959/
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Resumo: |
Iniciamos a construção desta investigação o durante o processo de acolhimento vivenciado em um serviço de pronto-atendimento (PA) da Unidade Básica Distrital da Saúde do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (UBDS oeste), onde pudemos perceber que os mesmos usuários procuravam com grande frequência o serviço, sem o caráter de urgência ou emergência, resultando em uma demanda maior do que suporta o serviço, e sem uma efetiva resolutividade da atenção. Podemos pensar que nas UBSs o usuário não encontrou a resolução do seu problema; não fez vínculo com a equipe; não teve acesso ao serviço ou o cuidado não foi integral, entre outras possibilidades. A partir destes pressupostos, supomos que a acessibilidade aos serviços de saúde pode ser uma das causas disparadoras para a justificativa da procura pelo PA e mesmo sendo serviço de urgência, o serviço atende a prontidões e também atende os usuários considerados não urgentes, resultando no aumento da demanda do PA. Isto pode trazer dificuldades para a equipe que não consegue proporcionar um atendimento acolhedor por meio de orientações sobre a existência de outros serviços disponíveis na rede básica de atenção para seguimento de saúde. Objetivamos com este estudo analisar a procura pelo PA do distrito oeste de saúde do município de Ribeirão Preto, na ótica dos usuários. Trata-se de uma abordagem quantiqualitativa sobre os usuários que procuraram o PA. Coletamos dados de 330 fichas de atendimento do PA, a fim de caracterizar os usuários atendidos no PA quanto ao sexo, à faixa etária, ao bairro de procedência, à justificativa para a procura, à conduta e aos encaminhamentos realizados. Fizemos entrevista semiestruturada com 23 usuários do PA abordando questões relativas à acessibilidade, ao acesso e acolhimento aos serviços de saúde, aos aspectos relativos ao atendimento, à resolução das necessidades de saúde, ao motivo da procura do PA e à integralidade da atenção à saúde. Como resultados, encontramos que a demora pelo atendimento e agendamento das consultas na rede básica de atenção constituem uma das principais razões para a procura ao PA; o acesso mais facilitado à tecnologia e aos medicamentos no PA também justificou a preferência por este serviço. O horário de funcionamento coincidindo com a jornada de trabalho dos usuários também trouxe dificuldades para agendar ou procurar atendimento na rede básica. A obtenção de atendimento médico ainda pode ter forte influência na satisfação que o usuário tem por um serviço de saúde. Concluímos que diversas foram as justificativas para a procura pelo PA e entendemos que, se estes usuários fossem acolhidos e tivessem acesso aos atendimentos nas UBSs e USFs, consequentemente, a demanda pelo PA tenderia a diminuir e atenderia com maior tranquilidade às urgências e emergências. |