Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pierangelo, Thiago Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-06062018-124657/
|
Resumo: |
A presente pesquisa propõe o estudo do fenômeno jogo para além de seu aspecto fundamentalmente humano, instituição do nosso mundo, tal qual a cultura e a sociedade. A hipótese orientadora do trabalho acena para a possibilidade de ser ele, o jogo, na forma do seu aparecimento, modo de acesso a questões cruciais da nossa existência. Prevê, ainda, a Capoeira Angola como manifestação que fornece, particularmente, um denso repertório de significações, uma cosmogonia que nos permite pensar o cosmos em sua essência, sem desprezo do que é subjetivo, o ser-no-mundo que não escapa à influência da experiência estética. Para tanto, as especulações orbitam ao redor do capoeira Geraldo, principal interlocutor do estudo reunido nas páginas seguintes. Seguindo as picadas por ele abertas, transmitidas no cotidiano vivido desde seus antepassados, apresentamos uma leitura específica de alguns dos que poderiam ser chamados fundamentos epistemológicos da Capoeira Angola. Aqueles fundamentos sobremaneira ancorados no corpo, no gesto e na experiência estética culminam com um projeto particular de entendimento do cosmos e da relação do jogador consigo mesmo e com o mundo, a partir do jogo que o joga. Do ponto de vista metodológico, dedicamos as primeiras seções da dissertação à criação de uma ambiência especulativa dentro da qual nossa hipótese é desdobrada. O exame da forma como são registrados os construtos acadêmicos ergue importantes balizas para a circunscrição do que é nomeado, também aqui, conhecimento comum. Se considerássemos lícito, apenas, o conjunto normativo das ciências humanas que, em alguma medida, reproduz aqueles das ciências duras, nosso juízo sobre a cosmogonia da Capoeira Angola fracassaria antes da demonstração dos resultados. Cientes de que nossas considerações repercutem, em igual monta, o pensamento de autores já consagrados no círculo acadêmico, fizemos reunir suas contribuições, e propusemos um espaço de desestabilização epistemológico e metodológico; uma modalidade de compreensão sensível e capaz de colocar a Capoeira Angola e autores da filosofia continental em franco debate, iguais as condições àquelas produzidas no que se quer uma produção partilhada do conhecimento, desde Geraldo, em consonância com a pesquisa há muito colocada em curso por Sérgio Bairon. |