Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Jefferson Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74133/tde-19022024-110119/
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Resumo: |
O taxi-branco (Tachigali vulgaris) é uma espécie pioneira de rápido crescimento com ampla distribuição geográfica na América do Sul desde a bacia Amazônica até o cerrado do Brasil central. Sua madeira tem sido amplamente utilizada para fins energéticos (carvão e lenha) por ser abundante e possuir um elevado poder calorífico (cerca de 4500 kcal/kg). Entretanto, a produção de painéis aglomerados para esta espécie permanece inexplorada. Painéis aglomerados são produzidos com partículas aglomerada com resina e consolidada pela ação conjunta de temperatura e pressão. Estes painéis poderiam ser uma solução econômica viável para o uso racional e sustentável desta espécie florestal, pois apresentam maior valor agregado e podem ser utilizados para fabricação de núcleos de portas, móveis, fins comerciais, industriais e suporte de carga. O objetivo deste trabalho foi correlacionar as propriedades físicas, químicas e anatômicas da madeira de taxi-branco ao desempenho físico e mecânico de aglomerados de baixa/média densidade, produzidos com resinas ureia-formaldeído (UF) e poliuretana à base de óleo de mamona (PU-mamona), sob condições de intemperismo normal e acelerado. Foi determinada a densidade básica da madeira e os teores de extrativos totais, lignina, holocelulose e cinzas da madeira de 9 anos. O pH dos extrativos solúveis em água foi medido verificar o grau de acidez. Foi realizada a macroscopia e microscopia da madeira nas direções transversal, radial e tangencial e dos elementos celulares (fibras libriformes, raios, vasos). O desempenho físico-mecânico dos painéis pelos ensaios de flexão estática, tração perpendicular, inchamento em espessura (IE), absorção de água (AA), densitometria de raios-x (DR-X), microscopia eletrônica de varredura (MEV) antes e após o intemperismo acelerado (IA). Os resultados foram comparados as normativas ANSI A208.1 (2016), ISO 16893 (2016) e NBR 14810-2 (2018). Foram determinados a densidade básica (525 kg/m3), extrativos totais (4,2%), lignina (23,87%), holocelulose (76,36%), cinzas (0,68%) e pH (5,5-5,8). A madeira é semi-porosa, tem raios unisseriados e vaso com pontoações intervasculares e placa de perfuração simples. Os valores de módulo de ruptura (MOR), módulo de elasticidade (MOE) e adesão interna (AI) dos painéis de UF foram inferiores ao de PU-mamona. Os menores valores de IE do painel de PU-mamona podem ser atribuídos à sua menor afinidade à água. A menor resistência à umidade explica a maior AA dos painéis de UF. A DR-X revelou zonas de menor densidade nos painéis de UF devido ao desprendimento de partículas da superfície. O MEV confirmou degradação menos severa após o IA para os painéis de PU-mamona. Os painéis de baixa densidade de UF não atenderam a nenhuma normativa. Enquanto que os painéis de PU-mamona de baixa densidade atenderam à ANSI A208.1 para uso em núcleo de portas. Embora com a ausência dos valores de AI o painel de média densidade com 13% PU-mamona possivelmente atenderiam a normativa para uso comercial (não estrutural). Estes resultados positivos são indicativos de que as propriedades mecânicas dos painéis podem ser melhoradas pela modificação das variáveis de processamento. A produção de painéis aglomerados de taxi-branco pode então trazer avanços para utilização de biomassa florestal de plantio de florestais homogêneas. |