Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campanhão, Lígia Maria Barrios |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-22082022-083143/
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Resumo: |
As evidências sobre como o padrão dos usos e coberturas do solo na paisagem influenciam a qualidade da água ainda são incipientes. O esclarecimento sobre essa relação padrão-processo pode contribuir para o planejamento e gestão de instrumentos de conservação destinados à proteção dos serviços hidrológicos. O objetivo geral deste trabalho foi compreender quais aspectos do padrão da paisagem em escala de bacia hidrográfica e zona ripária se relacionam com a qualidade da água. A motivação da pesquisa foi contribuir com conhecimento sobre essa relação padrão-processo de forma a fornecer evidências que possam subsidiar a implementação de instrumentos de conservação aplicados à escala de paisagem. Duas abordagens foram adotadas para atingir esse objetivo: uma revisão sistemática da literatura e um experimento de simulação. A revisão sistemática da literatura indicou que a base de evidências sobre a relação padrão-processo se encontra em estágio inicial. Maior proporção de florestas se associou com melhor qualidade da água, enquanto usos urbanos e agrícolas foram relacionados com pior qualidade. Por outro lado, há poucas evidências sobre a influência da configuração das florestas. Ambas as escalas de bacia e zona ripária se mostraram relevantes para a predição da qualidade da água, e fatores sazonais e físicos podem modular a relação padrão-processo. O experimento de simulação foi baseado em réplicas de uma bacia hidrográfica real com diferentes quantidades e configurações de floresta. Uma modelagem da produção de sedimentos foi utilizada para caracterizar a qualidade da água nessas réplicas. Os resultados indicaram que implementar uma faixa ripária florestal contínua é uma ação prioritária, embora diferentes estratégias possam ser combinadas para atingir metas satisfatórias para as cargas de sedimentos. A porcentagem de floresta na bacia e na zona ripária foi o preditor mais importante da qualidade da água. A localização dos fragmentos florestais paralelamente às zonas ripárias se mostrou o fator mais importante da configuração. Em níveis intermediários de cobertura florestal, manchas de floresta mais desagregadas podem ter um efeito benéfico na qualidade da água. As evidências obtidas a partir das duas abordagens acrescentaram ao conhecimento sobre a relação padrão-processo e podem contribuir para o planejamento, gestão e monitoramento de instrumentos de conservação dos serviços hidrológicos em escala de paisagem. |