Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Faria, Daniela Girio Marchiori |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18132/tde-08122011-110908/
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Resumo: |
As áreas urbanas precárias, também denominadas de favelas são as mais frequentemente afetadas por escorregamentos e também as mais vulneráveis, gerando danos sociais de maior monta. Este cenário resultou na demanda e no desenvolvimento de uma série de ações do poder público em diferentes municípios e estados brasileiros, culminando com o estabelecimento de um programa federal, vinculado ao Ministério das Cidades, voltado à mitigação destes riscos com o desenvolvimento de mapeamentos e a implantação de planos preventivos de defesa civil, de obras de estabilização e de reurbanização nestas áreas de risco. No estado de São Paulo, o mapeamento de escorregamento em encostas urbanas precárias vem sendo realizado desde 1990, através das iniciativas de órgãos públicos e com a participação de diversas instituições. O método de mapeamento atualmente mais utilizado emprega como técnicas principais a realização de vistorias sistemáticas de campo, investigações de superfície, utilização de fichas descritivas para armazenar as informações coletadas e a delimitação de setores de risco em imagens aéreas recentes e de grande escala e de detalhe. Este método é bastante aplicado e muitas vezes consegue subsidiar satisfatoriamente as ações de mitigação dos riscos de escorregamentos, indicando os locais prioritários para receberem estas ações. Por outro lado, o método também é questionado pelo meio técnico devido sua abordagem qualitativa, pela pouca utilização dos métodos clássicos de mapeamento geotécnico e de análise de estabilidade de taludes e pelo grau elevado de subjetividade que pode agregar, podendo produzir resultados de baixa confiabilidade. A contribuição da presente pesquisa é o aprimoramento do método de mapeamento de perigo e de risco de escorregamentos em áreas urbanas, diminuindo a subjetividade na comparação e na hierarquização dos setores, sem modificar sua abordagem fundamental e suas técnicas principais atualmente utilizadas. Para tornar o método mais sistemático, propõe-se incorporar o Processo de Análise Hierárquica (AHP) na análise dos indicadores e na hierarquização dos setores de perigo. Comparou-se o mapeamento de perigo com a aplicação do AHP com o mapeamento de risco de escorregamentos realizado em São Sebastião (SP) pelo IG-SMA em 2005, verificando-se que os resultados do mapeamento de perigo com a aplicação do AHP foram mais conservadores em algumas áreas. Entretanto, os resultados com a aplicação do AHP, diminuiu a subjetividade e evidenciou a facilidade e praticidade em se verificar a contribuição (em forma de peso) dos indicadores de perigo na classificação do perigo nos setores mapeados. Também foram analisadas as opiniões de três especialistas nos julgamentos paritários dos indicadores de perigo de escorregamentos. Os resultados não mostraram discrepâncias na classificação do perigo. |