Comparação entre testes químico (o-toluidina) e imunoquímico de pesquisa de sangue oculto nas fezes e correlação com os achados colonoscópicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Borges, Luana Vilarinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-07082013-132341/
Resumo: Introdução: O sangramento colorretal é considerado um sinal de alarme e não deve ser ignorado. A perda de sangue pode não ser identificada pelo paciente, o que caracteriza a presença de sangue oculto. Este diagnóstico pode ser confirmado por testes de Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), através de métodos químicos ou imunoquímicos de identificação da hemoglobina. O resultado positivo de um teste de PSOF requer investigação complementar com colonoscopia, exame invasivo, de alto custo e que exige preparo intestinal. Justifica-se, portanto, a aplicação de um teste diagnóstico mais sensível e específico. No presente estudo, foram avaliados quatro diferentes testes de PSOF em 176 pacientes submetidos à colonoscopia e seus resultados foram comparados. Objetivos: 1) avaliar o grau de concordância entre os testes de PSOF e a colonoscopia. 2) avaliar a sensibilidade, a especificidade e os valores de predição dos testes químico e imunoquímico de PSOF, em pacientes submetidos à colonoscopia. Métodos: Pacientes com indicação de realizar colonoscopia foram submetidos também à PSOF pelo método químico (o-toluidina) e pelo método imunoquímico, empregando três kits comerciais disponíveis no mercado. Os pacientes foram avaliados quanto à indicação do exame colonoscópico, resultado da colonoscopia e uso de alimentos e medicamentos que pudessem interferir no resultado dos testes fecais. Fundamentado nos achados endoscópicos, a colonoscopia foi categorizada em positiva ou negativa, de acordo com a possível fonte de sangramento colorretal. O grau de concordância entre os testes de PSOF foi avaliado pelo índice Kappa. Resultados: Dos 176 pacientes, houve predomínio do sexo feminino (64,8%), com média de idade de 55,5 anos. As indicações clínicas mais frequentes para realização de colonoscopia foram alteração do hábito intestinal, doença inflamatória intestinal, dor abdominal e anemia. Os principais achados foram pólipos < 1 cm, doença diverticular não complicada do cólon e exame normal. Quarenta e quatro (25%) colonoscopias foram categorizadas como positivas quanto à fonte de sangramento colorretal. Observou-se concordância (p<0,05) entre todos os testes avaliados e a colonoscopia. O teste da o-toluidina apresentou concordância pobre (Kappa 0,03), enquanto os demais testes apresentaram concordância moderada (Kappa entre 0,43-0,48). O teste da o-toluidina revelou menor sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo em comparação aos testes imunoquímicos. Conclusões: Os testes imunoquímicos apresentaram melhores índices de concordância com a colonoscopia, quando comparados ao teste da o-toluidina. Os testes imunoquímicos revelaram maior sensibilidade, especificidade e valores de predição na detecção de sangramento colorretal