Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Linares, Claudia Rodriguez Ponga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-12072018-163542/
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Resumo: |
Este trabalho se propõe como um breve tratado sobre as relações entre os discursos vigentes da arte contemporânea e o pensamento mágico ocidental. No cruzamento entre o ensaio poético, a antropologia da arte, a estética e a bruxaria, desenha-se um círculo no qual se desenvolve a pesquisa sob o signo da \"besta\" acadêmica: a interdisciplinaridade. A partir disso, estudam-se uma série de projetos curatoriais recentes que lidam com magia, ocultismo, xamanismo ou animismo, prestando atenção aos preconceitos que se manifestam em alguns desses discursos curatoriais. Entretece-se esta reflexão com referências históricas que servem de marco explicativo para a queda em desgraça do pensamento mágico ocidental e, junto com ele, do status da imaginação e da imagem como formas de conhecimento. Uma vez definida a situação em que ficou esta tradição depois de sucessivas campanhas de desprestígio, introduzem- -se uma série de figuras que serviram depois à construção de uma nova (mas talvez sobretudo velha) teoria mágico-estética. Seguindo a esteira de pensadores contemporâneos ligados ao realismo especulativo e à ontologia objetual, o trabalho se reconecta com uma esquecida tradição mágico-estética (ocidental) não isenta de uma dimensão mítica e animista (ou vitalista, se se prefere). Faz-se questão de colocar a \"palavra do artista\" no mesmo nível que a \"palavra do filósofo\", mas evitando converter os artistas citados em objeto de pesquisa. O trabalho defende que existam - apesar dos séculos em que a elite intelectual ocidental vem predicando contra a possibilidade de uma ontologia mágico-estética - indíviduos e coletivos que desenvolvem sua atividade à margem dos preconceitos dicotômicos que hoje alguns pensadores acadêmicos de vanguarda se empenham, não sem dificuldades, em transcender. Nesse sentido, o trabalho argumenta que muitos artistas eram já materialistas vibrantes e realistas especulativos antes da valorização, em voga hoje, dessas correntes filosóficas. |