Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Junqueira, Angelo Samuel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-26032024-093518/
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Resumo: |
A gestão de manutenção ferroviária estabelece limites que classificam os segmentos da via permanente, de acordo com as necessidades de monitoramento ou intervenção, visando garantir a segurança, o conforto e o pleno funcionamento da ferrovia. Esses limites podem se relacionar com parâmetros geométricos da via férrea, passíveis de medição automatizada (por meio de equipamentos de inspeção direta, como o carro controle, inspeção indireta, como o vagão instrumentado), ou por inspeção manual, realizada in loco. O carro controle é um equipamento já estabelecido no campo técnico, porém seu custo de aquisição é elevado e seu uso requer restrições nas operações da via para conduzir as inspeções. Nesse contexto, muitas ferrovias adotam vagões comerciais equipados com sensores para medições, eliminando a necessidade de ajustes nas operações da via e permitindo medições em condições reais de uso. Esses equipamentos têm o propósito de registrar o movimento do veículo durante a viagem, identificando possíveis irregularidades na via. A Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), operada pela VALE, utiliza o carro controle (CC) para monitorar a via. Contudo, com o objetivo de melhorar as análises e previsão de desempenho a VALE está implantando uma tecnologia adicional na EFVM, o vagão instrumentado (VI). Este instrumento de inspeção ainda é pouco conhecido no Brasil, e este estudo se propõe a analisar os parâmetros relacionados às condições da via obtidos pelo VI em comparação com os dados do CC. O objetivo é identificar possíveis correlações entre esses dados, visando interpretá-los e validar seu uso em avaliações da qualidade da via. Com base na fundamentação teórica e em estudo de caso conduzido, a importância e os benefícios do uso do conhecimento da ciência de dados nas ferrovias ficaram claras. Sugere-se a implementação de uma rotina de inspeção utilizando instrumentos embarcados em veículos comerciais da ferrovia. Isso visa a obtenção de dados em condições reais de uso, com uma frequência de inspeção mais elevada, podendo ser associada ao uso de um veículo de avaliação de via (como o CC) e a adoção de um índice de qualidade global apropriado. Para a gerência de manutenção, é fundamental realizar essa estratégia técnica, envolvendo a definição de limites para uma variedade de equipamentos. Isso inclui conduzir inspeções, determinar a priorização de atividades, estabelecer níveis de monitoramento (de atenção a alarme) e níveis de abrangência (pontual, por elemento, ou entre house - EH). Essa pesquisa pode, no futuro, contribuir para a atribuição de níveis de severidade e a detecção antecipada de possíveis problemas na via no âmbito da previsão de desempenho, sem a necessidade direta de inspeções in loco, além de apoiar a otimização das estratégias e planejamento de intervenções na ferrovia. |