Avaliação do potencial erosivo do suco de laranja modificado pela adição de caseína e ovalbumina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ferreira, Stella da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-21092011-095114/
Resumo: Nesse estudo in vitro foi avaliado o potencial erosivo do suco de laranja modificado pela adição de caseína, ovalbumina e a combinação entre elas, sobre o esmalte e a dentina humanos. Duas proteínas da dieta, 0.2 g/l de caseína (CAS), 2.0 g/l de ovalbumina (OVA) e a combinação entre elas (CAS + OVA) foram adicionadas a um suco de laranja disponível comercialmente. O suco de laranja sem aditivos foi utilizado como controle negativo (C-) e o suco de laranja com adição de cálcio, também disponível comercialmente, como controle positivo (C+). O potencial erosivo dos sucos experimentais foi primeiramente comparado utilizando o método do pHStat, e em seguida, através de um modelo in vitro de erosão-remineralização. 55 espécimes de esmalte e 55 de dentina radicular (4 x 4 x 2mm) foram obtidos e incluídos em um bloco de resina acrílica. Esses blocos foram então planificados com discos de lixa abrasivos e polidos com disco de feltro e pasta diamantada. As superfícies polidas receberam a aplicação de fitas adesivas, expondo uma janela de 4 x 1mm. Os espécimes foram aleatoriamente distribuídos entre os 5 grupos experimentais (n = 11), e imersos nos respectivos sucos por 5 min, 6x ao dia, durante 5 dias. Entre as imersões e durante o período noturno, os espécimes permaneceram armazenados em saliva artificial. Após a ciclagem, os espécimes de esmalte foram analisados através de perfilometria óptica e microdureza (50 g, 15 s), enquanto que os espécimes de dentina foram analisados apenas por perfilometria óptica. Para o método do pH-Stat foi calculada a média do volume de HCl obtida em triplicata. Para a análise dos dados obtidos através de perfilometria e microdureza, foi utilizado o teste de Análise de Variância, um fator, seguido pelo teste complementar de Tukey, adotando um nível de significância de 5%. As médias do volume de HCl (em ml) obtidas no método do pH-Stat foram: C+ 0,46 (± 0,03); CAS 1,22 (± 0,06); OVA 1,10 (± 0,10); CAS+OVA 1,08 (± 0,01) e C- 1,07 (± 0,02). Na avaliação do esmalte, a perda de estrutura (m) observada foi de: C+ 0,09 (± 0,20); CAS -0,40 (± 0,32); OVA -0,44 (± 0,26); CAS+OVA -0,39 (± 0,25) e C- -1,04 (± 0,36). Quanto a microdureza superficial, os valores de dureza Knoop obtidos foram: C+ 312,68 (± 20,45); CAS 121,99 (± 10,70); OVA 108,87 (± 11,16); CAS+OVA 102,57 (± 11,89) e C- 101,94 (± 8,56). Para a dentina, a perda de estrutura observada foi de: C+ -0,82 (± 0,28); CAS -7,26 (± 0,65); OVA -6,74 (± 1,18); CAS+OVA -7,16 (± 0,75) e C- -7,51 (± 1,26). Conclui-se que para o esmalte, os sucos de laranja modificados pela adição de proteínas apresentaram um potencial erosivo reduzido. A caseína mostrou uma melhor proteção da desmineralização subsuperficial do esmalte; a sua combinação com a ovalbumina não apresentou nenhum benefício adicional. Para a dentina, nenhuma redução no potencial erosivo foi observado para os sucos de laranja modificados pela adição de proteínas.