Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Kimura, Juliana Sayuri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-27112017-122303/
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Resumo: |
O trauma em dentes decíduos é uma ocorrência comum na infância, sendo a reabsorção radicular patológica (RRP) uma das sequelas observadas no próprio dente traumatizado. A proposta deste estudo de coorte histórico foi avaliar a associação entre a ocorrência de reabsorção radicular externa e a perda precoce de incisivos centrais superiores decíduos traumatizados. Um examinador treinado e calibrado avaliou as fichas clínicas, fotografias e radiografias de prontuários de pacientes atendidos no Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismos em Dentes Decíduos da FOUSP de 1998 a 2016. Após critérios de inclusão e exclusão, 521 prontuários foram analisados. Observou-se que 56,6% dos pacientes eram do sexo masculino, 54,7% tinham menos de 3 anos de idade e 30,7% tinham mordida aberta anterior e/ou sobressaliência no momento do trauma. A amostra deste estudo foi composta de 803 incisivos centrais superiores decíduos traumatizados, dos quais 69,2% sofreram trauma de tecido periodontal. Observou-se em 56 dentes (7%) reabsorção fisiológica, 138 (17,2%) reabsorção relacionada à reparação óssea (RRR), 163 (20,3%) reabsorção relacionada à infecção (RRI) e 446 (55,5%) reabsorção relacionada à expansão do folículo do sucessor permanente (RREXP). A ocorrência de reabsorção radicular patológica foi de 93% dos dentes incluídos neste estudo. A RREXP apresentou as maiores médias de tempo entre a ocorrência do trauma e o diagnóstico da reabsorção e entre o diagnóstico da reabsorção e a perda do dente, 32,3 meses e 24,1 meses, respectivamente. Já em contrapartida a RRI foi a que apresentou as menores médias 12,8 meses e 5 meses, respectivamente. A associação entre as variáveis independentes e os desfechos foram avaliadas usando análises de regressão de Poisson que permitiram o cálculo dos valores de risco relativo (RR) e respectivos intervalos de confiança de 95%. Em relação ao desfecho perda precoce, a análise de regressão de Poisson multivariada no modelo hierárquico pré-definido indicou como fatores de risco a presença de mordida aberta e/ou sobressaliência (RR = 1,95; 1,20 - 3,18), traumas de tecido periodontal do tipo luxação (RR = 1,84; 1,03 - 3,31) ou luxação com deslocamento (RR = 2,37; 1,36 - 4,12), reabsorção relacionada à reparação óssea (RR = 3,35; 1,17 - 9,55), reabsorção relacionada à infecção (RR = 7,55; 2,74 - 20,81) e a presença de necrose pulpar (RR = 2,35; 1,18 - 4,67). O tratamento endodôntico foi considerado fator de proteção (RR = 0,53; 0,36 - 0,77). Para o desfecho reabsorção desfavorável (RRR e RRI), a análise de regressão de Poisson multivariada indicou como fatores de risco trauma de tecido periodontal do tipo luxação (RR = 1,93; 1,20 - 3,09) e luxação com deslocamento (RR = 2,81; 1,80 - 4,38), traumas de tecido duro (RR = 1,94; 1,21 - 3,12) e ter coloração dental cinza ou marrom (RR = 1,46; 1,09 - 1,95). A calcificação pulpar foi considerada fator de proteção (RR = 0,51; 0,38 - 0,69). Conclui-se que a ocorrência de reabsorção radicular externa patológica em incisivos centrais superiores decíduos traumatizados é alta, e que as reabsorções relacionadas à reparação óssea e à infecção são desfavoráveis ao ciclo fisiológico destes dentes, porém o prognóstico melhora com o tratamento endodôntico. |