Diversidade de Archaea em Diferentes Ecossistemas da Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Juliana Correa Neiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21134/tde-15032022-162237/
Resumo: Arqueias representam uma importante fração das comunidades microbianas nos ambientes marinhos e terrestres da Antártica, entretanto, seu papel ecológico nesses ecossistemas ainda não é bem compreendido. Este trabalho buscou avaliar a diversidade taxonômica, potencial metabólico, indicadores de espécie e distribuição das arqueias em amostras de água do mar, solo e sedimento geotermal da Península Antártica, assim como neve da criosfera do continente antártico. A análise da composição taxonômica por meio de sequenciamento do gene 16S rRNA foi combinada com ferramentas de predição do potencial metabólico para investigar os processos ecológicos das comunidades de arqueias. Crenarchaeota, Thermoplasmatota e Nanoarchaeota foram os filos dominantes identificados nos ambientes estudados, com uma ampla distribuição do grupo Nitrosopumilales entre as áreas, o que sugere a presença de ecótipos adaptados a condições ambientais e processos ecológicos diversos. Arqueias associadas com o metabolismo do metano apresentaram uma maior abundância nas amostras da Península Antártica, enquanto as comunidades de arqueias no continente apresentaram associação principalmente com o metabolismo do nitrogênio. A identificação de espécies indicadoras distintas entre os ambientes, assim como padrões de network específicos para cada área, permitiu avaliar os grupos que potencialmente apresentam as melhores adaptações para sobrevivência. Por fim, o compartilhamento de táxons entre os ambientes indica o transporte por massas de ar como uma possibilidade para a dispersão de arqueias entre a Península Antártica e a plataforma continental.