Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vaz, Aline Melina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-24092019-163532/
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Resumo: |
A presente pesquisa investigou as relações entre honestidade e cooperação em três estudos experimentais. O paradigma da correspondência verbal/não verbal foi aplicado a um contexto social expresso pelo Dilema dos Bens Públicos. Os participantes foram crianças de 9 e 10 anos, que foram convidadas a participar de várias sessões de uma atividade adaptada do dilema social mencionado. Nesta atividade, cada criança recebia três moedas e poderia decidir sobre doá-las anonimamente em um fundo coletivo; esse fundo era então triplicado e redistribuído igualmente entre todas as crianças. Depois da atividade, a pesquisadora perguntava para cada participante, individualmente, se ele ou ela havia doado as três moedas para o fundo coletivo. Os participantes poderiam responder sim ou não à pergunta da pesquisadora, e poderiam receber mais moedas como consequência do autorrelato dependendo da condição experimental. As condições foram: pró-cooperação (reforço do relato por dizer que sim), anti-cooperação (reforço do relato por dizer que não), e a condição controle/linha de base. No Estudo 1 havia um grupo para cada condição, e foram realizadas 11 sessões. No Estudo 2 um mesmo grupo foi submetido a todas condições, começando pela linha de base, seguida pela condição anti-cooperação, e depois pró-cooperação; foram realizadas 16 sessões. Os resultados de ambos os estudos indicaram que o grupo se comportou de acordo com o relato reforçado. Houve pouca cooperação na condição anti-cooperação, que não diferenciou-se estatisticamente do grupo controle (Estudo 1) ou da linha de base (Estudo 2). Na condição pró-cooperação os participantes aumentaram suas doações de moedas. Em ambos os estudos, a maior parte dos autorrelatos das doações foi correspondente. No terceiro estudo, outro grupo de crianças foi submetido aos mesmos procedimentos por 15 sessões. As condições foram linha de base, seguida pela condição pró-cooperação. Com o propósito de refinar o controle experimental, todos os participantes recebiam sempre uma única moeda após a redistribuíção, independente de quantas moedas haviam sido doadas para o fundo. Os resultados indicaram um aumento moderado da cooperação neste grupo como um todo, e um maior aumento para os participantes que entraram em contato com as contingências de reforçamento. A presente pesquisa apresenta uma proposta metodológica original para investigar a honestidade e a cooperação de forma experimental. Juntos, os resultados indicam que o reforço do comportamento verbal pode alterar o comportamento não-verbal social, promovendo cooperação (Estudos 1 e 2). Esse efeito ocorre mesmo quando o ganho total recebido não aumenta com a cooperação (Estudo 3). E ainda, o reforço dos relatos cooperativos aumenta a cooperação, mesmo quando esses relatos não são consistentemente verdadeiros |