A influência do equilíbrio postural no teste 3º dedo ao solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira, Cassio Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-27022019-125330/
Resumo: A avaliação da flexibilidade dos músculos da cadeia posterior é uma abordagem comum na prática clínica. O teste do terceiro dedo ao solo (DS) é frequentemente utilizado por ser de fácil aplicação e por ter se mostrado confiável e reprodutivo. O resultado do teste é a distância entre o terceiro dedo da mão e o solo e reflete a amplitude máxima permitida por esta cadeia muscular. Porém, o movimento para a execução do teste desloca para frente e para baixo grande parte da massa corporal exigindo respostas posturais para se evitar um risco de queda à frente. Foi levantada a hipótese de que o resultado desse teste possa variar de acordo com a demanda de equilíbrio do teste e a habilidade do indivíduo em realizar tais ajustes de equilíbrio. Objetivo: Verificar a influência do equilíbrio postural na flexibilidade mensurada pelo teste DS avaliada através de três paradigmas com os seguintes objetivos específicos: 1) verificar se a minimização da demanda de equilíbrio postural influencia o resultado do teste; 2) verificar se condições de aclive ou declive, que alteram as demandas de equilíbrio, influenciam no resultado do teste DS e; 3) verificar se é possível, através de uma rápida abordagem, orientar o indivíduo a executar uma estratégia de equilíbrio que melhore seu desempenho no teste DS. Métodos: 20 voluntários adultos jovens (6 homens e 14 mulheres) foram avaliados sobre uma plataforma de força em postura bípede quieta e em 6 testes DS em diferentes condições de demandas de equilíbrio na seguinte ordem: 1) Teste padrão (TP); 2) teste com suporte de equilíbrio (TS); 3) re-teste da condição padrão (re-teste); 4) teste em aclive (TAc); 5) teste em declive (TDc) 6) teste com orientações prévias de equilíbrio (TOr). Em cada um destes testes além da medida a distância entre o 3o dedo ao solo, foi calculada a posição média do Centro de Pressão (CP) através dos dados da plataforma de força e os ângulos articulares do tornozelo, joelho, quadril, lombar e tronco através de imagens digitais do voluntário em perfil. O ângulo de flexão total com a somatória dos ângulos também foi calculado. No paradigma 1 as variáveis foram comparadas entre condições TP, TS e re-teste. No paradigma 2 foram comparadas as condições TP, TAc e TDc. No paradigma 3 foram comparadas as condições TP e TOr. Os paradigmas 1 e 2 utilizaram a ANOVA para medidas repetidas com nível de significância p < 0,05 e teste post-hoc t de Student com correção de Bonferroni. Adicionalmente, no paradigma 1 foi realizado o teste de correlação de Pearson entre o resultado do teste DS e o CP. No paradigma 3 foi utilizado o teste T de Student com nível de significância p < 0,05. Resultados: O paradigma 1 mostrou melhora de 73% no resultado do teste DS, deslocamento anterior do CP, além de maior flexão de tornozelo e tronco na condição TS em relação ao TP. O ângulo de flexão total foi 30º maior na condição TS. O re-teste mostrou sinais de aprendizagem com resultados intermediários entre o TP e o TS. O CP correlacionou-se negativamente com o resultado do teste DS. O paradigma 2 mostrou grande melhora no resultado do teste DS em TAc em comparação a TDc e TP com maior flexão de tornozelo e maior flexão na soma das articulações. O paradigma 3 mostrou melhora de 62% no resultado do teste DS com deslocamento anterior do CP e maior flexão de tornozelo, lombar, tronco e soma dos ângulos em TOr em comparação com TP. Conclusão: O teste DS mostrou grande influência do equilíbrio postural. Condições com menor demanda de equilíbrio apresentaram resultados melhores que a condição com maior demanda. Na condição padrão de teste, o resultado foi melhor nas estratégias em que o CP é deslocado à frente. A instrução para que os indivíduos adotassem esta estratégia de equilíbrio levou a melhores resultados