Chão de lutas e reencontros: Comissão Pastoral da Terra, agricultura e ecologia no Brasil (1975-2015)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bertazi, Marcio Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-13012023-182112/
Resumo: A Comissão Pastoral da Terra (CPT) foi fundada em 1975. Diante de claras evidências de conflitos derivados da modernização da agricultura brasileira, procurou apoiar os trabalhadores e assalariados rurais na busca de seus direitos e de suas terras. Mas neste percurso, sobretudo nos anos setenta e oitenta, raramente praticou reflexões sobre as questões ambientais, que ocorreram com maior frequência a partir dos anos noventa. A pesquisa de Doutorado pretendeu, a partir da combinação metodológica da História Ambiental e da Ecologia Política, compreender as consequências da incorporação das discussões sobre sustentabilidade ambiental na CPT, no período de 1975 a 2015, avaliando como a \"entrada\" dessas discussões trouxe consequências imediatas e em longo prazo, previsíveis e imprevisíveis. Primeiramente realizou-se pesquisa documental a partir de acervo digitalizado da CPT, dos Relatórios de Conflitos no Campo e do Jornal Pastoral da Terra. Em seguida, foi realizada análise de conteúdo a partir da construção de um banco de dados no ambiente Access, balizando-se em categorias criadas a priori. A pesquisa chegou à conclusão de que a Comissão Pastoral da Terra incorporou a questão ambiental em suas discussões internas e em suas práticas. Essa incorporação, entretanto, se deu apenas após a reflexão sobre diversas experiências sociais que o grupo lidava cotidianamente. A pauta principal, a Reforma Agrária, não foi, em nenhuma medida, substituída pela questão ambiental; ao contrário, houve uma potencialização de alternativas a partir de uma Reforma Agrária que incluía a discussão sobre meio ambiente. Finalmente, ocorreu uma releitura do desenvolvimento sustentável a partir de uma alternativa \"ecoteológica\".