Olhares cruzados para as políticas públicas sobre gênero na educação infantil municipal: os documentos para as infâncias produzidos pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo sob a ótica das professoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lisboa, Camila Santo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-11042024-110415/
Resumo: A proposta desta pesquisa foi investigar documentos produzidos pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo voltados à educação infantil, analisando quais suas perspectivas sobre as relações de gênero nos espaços escolares das infâncias e de que forma estes documentos dialogam com os pontos de vista de professoras que atuam nesta rede. Entendendo que estas políticas públicas curriculares norteiam os fazeres pedagógicos da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, a pesquisa foi direcionada conforme os seguintes questionamentos: Quais entendimentos estes documentos apresentam sobre as construções sociais de masculinidades e feminilidades? Como dialogam efetivamente com as práticas das professoras frente às questões que envolvam gênero? Qual peso as professoras atribuem aos documentos curriculares em suas ações diárias com as crianças? Os documentos contribuem para a superação de barreiras enxergadas pelas professoras nas discussões sobre gênero e educação infantil? A partir das entrevistas com cinco professoras de educação infantil da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, são discutidos pontos como: a articulação dos documentos com as práticas exercidas pelas professoras; o brincar que favorece as desconstruções sociais de papéis préestabelecidos; a relação entre escola e famílias no apoio e o entrave no diálogo sobre as relações de gênero; e as condições de trabalho como fator relevante para avanços de processos formativos significativos sobre as políticas públicas educacionais para as relações de gênero. Foi possível identificar, no cruzamento de olhares entre política pública e professoras, pontos convergentes nas percepções das professoras sobre suas práticas, percebendo as familiaridades e distanciamentos entre o processo de formulação da política e sua implementação em nível micro.