Variabilidade genética de diferentes tipos de populações naturais de Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Dias, Inês de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220207-222028/
Resumo: A bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) é uma leguminosa arbórea com ampla distribuição nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Espécie heliófila e de rápido crescimento, ocorre principalmente de forma esparsa e descontínua nos subbosques dos pinhais. Quando há exploração ou devastação dos pinhais, a bracatinga age como pioneira, dominando rapidamente as áreas abertas. Esta característica deve-se basicamente ao banco de sementes em dormência no solo, que ali permanecem até que o aumento de temperatura do solo (causado pela insolação direta ou pelo fogo) permita sua germinação. Crescendo inicialmente em agrupamentos densos e quase puros, a bracatinga vai sendo substituída por espécies de estágios sucessionais mais avançados. Nos planaltos do Paraná e Santa Catarina, a bracatinga é utilizada como matéria prima para carvão e lenha, sendo apontada corno uma das árvores nativas com bom potencial para reflorestamento. Sementes de arvores tomadas ao acaso foram coletadas em Itararé-SP, onde a espécie aparecia em grupos esparsos, dentro de mata de araucárias explorada seletivamente. Duas outras populações de M. -0eabhella, de Curitiba- PR e Lages-SC, foram amostradas; estas constituíam povoamentos contínuos, regenerados após queimada. As populações de Jaguariaíva-PR, Campo Tenente-PR e Ponte Alta do Norte-SC também foram amostradas, mas as progênies não foram individualizadas. Instalou-se, com este material, um ensaio de procedências e progênies em Itararé-SP, utilizando o delineamento de blocos de famílias compactas. A análise do teste de procedências, feita para as características altura, diâmetro à altura do peito e número de fustes, avaliadas aos 4 anos de idade, não demonstrou variações significativas entre as populações ou tendências ligadas ao gradiente latitudinal. A análise de variâncias e parâmetros genéticos obtidos a nível de progênies dentro de populações de monstraram, no entanto, diferenças na estrutura genética dos dois tipos de populações amostradas: a população de Itararé-SP (regenerada após extração seletiva) apresentou menor variabilidade genética que as populações de Curitiba-PR e Lages-Se (regeneradas após passagem do fogo). As diferenças na estrutura genética dos dois tipos de populações são discutidas em função da sua origem e distribuição geográfica.