Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira Júnior, Jair Antonio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-30032010-154115/
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Resumo: |
A dissertação aborda os aspectos formadores da habitação nas áreas de várzea da região Amazônica, especificamente nas margens do Rio Solimões, hoje alvo de intensos investimentos governamentais, principalmente os da indústria nacional petrolífera em função da construção do Gasoduto Coari - Manaus. Com forte incidência de impactos ambientais e culturais, tais intervenções apontam para um quadro amplo e complexo, servindo também de base experimental para outros tipos de interferência em menor escala. A Amazônia corresponde a aproximadamente 5% da superfície terrestre, equivalente a 2/5 da América do Sul. A Bacia Amazônica contém por volta de 1/5 de toda a água doce mundial, colaborando para que o Brasil tenha a maior biodiversidade do mundo, com mais de 20% das espécies. Integrante desta região, a ampla bacia do Rio Solimões é a terceira área sedimentar com produção petrolífera no Brasil. O que é produzido nesta reserva, que é estimada em 132 milhões de barris de petróleo, percorre aproximadamente 600 km até chegar ao mercado consumidor. Para tanto, está sendo construído um poliduto capaz de atender a essa demanda; sua construção atinge cerca de 135 comunidades ribeirinhas, que ainda conservam valores, hábitos e costumes originais devido ao isolamento territorial e informacional. Assim, este trabalho lança mão de três momentos específicos da ocupação da floresta amazônica. No primeiro momento, busca-se uma análise da gênese da forma da habitação ribeirinha. A forma definida enquanto comunicação, informação, mediação, signo, fundamentado na Semiótica de Charles S. Peirce, buscando referências não só em um contexto imediato, mas também em um contexto estendido, histórico, onde os significados da relação do homem com o meio ambiente deixam marcas em sua produção. No segundo momento, a pesquisa volta-se à conjuntura atual das populações ribeirinhas e, a partir dos dados colhidos pelo projeto PIATAM Inteligência Socioambiental Estratégica da Indústria de Petróleo na Amazônia\", estabelece um plano de desenvolvimento socioambiental regional integrado, envolvendo as áreas de habitação, saneamento, desenvolvimento humano, atividades singulares nas áreas de floresta e de pesca, educação e comunicação, entre outras. Isso permitiria a criação de uma matriz de sustentabilidade, procurando determinar com clareza o grau de seus impactos ambientais. Neste contexto, o presente trabalho volta-se finalmente à atuação do arquiteto como um gestor de informações no processo de formação das frentes de desenvolvimento humano, enquanto propositor de organização de espaços e ambientes sustentáveis, a partir da ação de um sistema cultural, visando à troca dialética de saberes entre ciência e moradores, na qual o ribeirinho amazônico torna-se um agente ativo na construção repertorial da região, integrado aos conhecimentos científicos de sistemas indiciais característicos da floresta amazônica. Disto resulta a transformação de hábitos e costumes dos próprios moradores ribeirinhos frente às novas demandas socioambientais, bem como em novas posturas das próprias áreas científicas de conhecimento envolvidas nesse processo. É nessa mudança de estado, nesse processo, que poderão ser construídas as diretrizes gerais para um desenvolvimento regional sustentável, matrizes em constante processo de formação, constituintes e constituidoras de caminhos mais justos, fundindo homem e natureza como agentes de uma única realidade. |