Capacitação técnica em boas práticas de ordenha e ocorrência de patógenos causadores de mastites contagiosas em propriedades leiteiras do estado de São Paulo

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Callay, Rocio Elizabeth Contero
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Staphylococcus spp.; Streptococcus spp.; BPO; CBT; CCS; GMP; SCC; TBC
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-22022018-093958/

A doença da inflamação da glândula mamária, também conhecida como mastite, tem como uma das características o aumento de células somáticas no leite de quartos afetados. Entre as bactérias predominantes causadoras de mastites, destacam-se Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. Vários estudos sugerem que estes agentes são tipicamente transmitidos de uma vaca para outra durante o momento da ordenha. A aplicação de programas de boas práticas de ordenha (BPO) permitem o controle da mastite pela eliminação de infecções detectadas no rebanho, prevenção de riscos e adequadas condições produtivas e sanitárias. A interação contínua entre produtores e técnicos tem se confirmado como ferramenta importante nos programas de treinamento, favorecendo o compartilhamento de experiências. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da capacitação técnica em BPO na qualidade higiênica do leite, mediante o monitoramento das práticas de ordenha implementadas, análises de componentes químicos e microbiológicos, incluindo a identificação de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp., em propriedades leiteiras do estado de São Paulo. Na fase final do estudo foi observado que 84% dos itens de BPO avaliados estavam sendo usados com capacitação técnica, incluindo modificações de infraestrutura e controle da qualidade da fonte de água. O sucesso da aplicação de programas de controle da qualidade requerem o comprometimento dos produtores de leite. Entre as BPO que não foram adotadas, destacam-se o uso de luvas durante a ordenha e sanitizante na limpeza dos equipamentos, práticas que poderiam diminuir a transmissão dos patógenos contagiosos entre os animais. Embora as análises microbiológicas e identificação dos patógenos dos diferentes pontos de coleta tenham apresentado resultados variáveis ao longo do estudo, elas constituíram uma ferramenta importante durante o processo de capacitação técnica.