Condicionantes morfológicos e estruturais na dinâmica fluvial da bacia hidrográfica do Rio Benevente - Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Vervloet, Roberto José Hezer Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-22022010-165241/
Resumo: O estudo de bacias hidrográficas no meio tropical úmido, tem adquirido grande importância nas últimas décadas, devido a crescente demanda por planejamento de recursos hídricos. Entretanto, muitos desses trabalhos têm confundido o conceito de bacias hidrográficas, acreditando ser esta, uma mera rede de canais interconectados que formam a hidrografia dos terrenos, portanto, tomando-a como simples unidade cartográfica de estudo. Este fato tem banalizado em muito o uso de conceitos relacionados aos estudos de bacias, provocando sérios equívocos nas produções acadêmicas atuais. Partindo do princípio de que as bacias hidrográficas são espaços territoriais de circulação vertical e horizontal dágua, tendo a rede interconectada de canais, como um dos seus principais elementos, que escolhemos a bacia hidrográfica do Rio Benevente para estudo da relação entre a dinâmica fluvial desta e os seus condicionantes estruturais e morfológicos. Fundamentado no método da associação e indeterminação geomorfológica de Leopold e Langbein (1970), e, através de informações oriundas dos procedimentos técnico-operacionais de compartimentação geomorfológica e compilação de dados de parâmetros hidrográficos, foi possível descobrir que os sub-sistemas de drenagem que compõem a hidrografia total da bacia, evoluem condicionados por litoestruturas cristalinas e tectônicas do proterozóico, portanto, de organização antiga, e, que, aparentemente, demonstram não sofrer reativações modernas, a ponto de intervir na evolução dos sub-compartimentos de relevo regionais e na evolução hidrográfica da rede de canais. Chega-se desta forma, à conclusão de que os processos de encaixamento da drenagem, capturas fluviais, seccionamento de litoestruturas, gênese de knickpoints e evolução dos perfis longitudinais fluviais estão associados à dinâmica de processos geomórficos diferenciais, sob litoestruturas de forte natureza anisotrópica e complexa organização geotectônica. Fato que responde pela diversidade de sub-compartimentos de relevo e configuração evolutiva dos sistemas fluviais de dinâmicas diferenciais.