Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Rabello, Maria Luisa Murillo y Martin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-06082024-080500/
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Resumo: |
O aço inoxidável UNS S31254, que pertence à família dos aços inoxidáveis superausteníticos com 6% Mo, é um aço de elevada resistência à corrosão por pite e em fresta em meios que contém cloreto. Esta liga é amplamente utilizada em processos que envolvem o uso da água do mar, tais como: a indústria offshore, estações de dessalinização da água do mar ou ainda em alguns processos químicos que envolvem o uso de cloreto, como a fabricação de papel, entre outras. Este aço tem sido bastante estudado na condição solubilizada, porém pouco se sabe sobre as variações na resistência à corrosão devidas às alterações microestruturais que este material pode apresentar após ser submetido a históricos térmicos que envolvam altas temperaturas. Este trabalho teve como objetivo estudar o comportamento desta liga, quanto a resistência à corrosão por pite, após tratamento térmico a 800°C por diversos tempos. Buscou-se relacionar as variações ocorridas na microestrutura do UNS S31254, com as alterações observadas na resistência à corrosão por pite. Estas determinações de resistência à corrosão por pite foram realizadas através de ensaios de polarização potenciodinâmica cíclica. Porém, logo nas primeiras determinações realizadas (condição solubilizada e tratada a 800°C por 40 min e 6h) ficou claro que uma solução 3,5% NaCl (solução comumente utilizada nestes casos), não seria a adequada para este estudo, pois não permitia diferenciar a resistência à corrosão para diferentes condições de tratamento térmico. Desta forma fez-se necessário encontrar um eletrólito mais agressivo, que permitisse diferenciar o efeito do tratamento térmico na resistência à corrosão por pite para as diversas condições. Encontrou-se na literatura (GUO e IVES, 1999; EL MEGUID, 1997) que aços que contém elevado teor de Mo, como o UNS S31254, são mais afetados quanto à corrosão por pite pelo íon brometo. ) Assim após alguns testes chegou-se a solução de 0,3M NaCl + 0,3M NaBr, como eletrólito adequado ao estudo. Para a análise da variação da microestrutura do aço UNS S31254 durante o tratamento térmico foram utilizados diversos ataques metalográficos eletroquímicos, e técnicas auxiliares como EDS e difração de raios-X para o reconhecimento das diversas fases precipitadas. Chegou-se a conclusão que as fases chi, de Laves, sigma e nitretos precipitam durante o tratamento térmico, ocasionando aumento da quantidade de interfaces matriz/precipitados, além da formação de regiões empobrecidas em Cr e Mo, que por sua vez fazem com que a resistência à corrosão por pite sofra variações durante todo o tratamento térmico. Tais variações ocorrem na forma de sucessivos períodos de queda e recuperação da resistência à corrosão, até que a partir de 32h de tratamento térmico a quantidade de fases precipitadas não permite a recuperação da liga através da difusão, e ocorre uma queda contínua do potencial de pite até 1000h de tratamento térmico, que foi o tempo máximo investigado no presente trabalho e onde foram registrados os mais baixos potenciais de pite. Vale ainda ressaltar que até 32h a recuperação observada nunca alcança os níveis da condição solubilizada, revelando ser esta a condição microestrutural de maior resistência à corrosão por pite. |