A contribuição do processo de comunicação para a construção da cultura da sustentabilidade: um estudo de micro, pequenas e médias empresas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cecato, Valdete Marines
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-01022016-153822/
Resumo: O objetivo da pesquisa é verificar a relevância do processo de comunicação para a construção de uma cultura voltada à sustentabilidade em uma amostra de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras mediante quatro questões: a) as MPMEs consideram a comunicação um processo estratégico para a sustentabilidade de seus negócios? b) quais são os meios e ferramentas de comunicação utilizados pelos empreendedores para divulgarem seus produtos e serviços? c) como as MPMEs se relacionam com seus stakeholders? d) comunicação e sustentabilidade estão inter-relacionadas no ambiente das empresas pesquisadas? Para atender aos objetivos propostos, o estudo foi desenvolvido em três etapas. A primeira fase consistiu em uma revisão da literatura sobre comunicação, sustentabilidade e MPMEs. Essa busca foi complementada pela investigação em sites, publicações na mídia e estudos a respeito dos temas citados. Em seguida, foi realizada uma pesquisa de campo com a utilização de dois instrumentos complementares, o questionário e a entrevista em profundidade. Nessa etapa foram abordadas 79 MPMEs, que atenderam aos critérios da pesquisa, sendo que 40 responderam o questionário. As empresas foram classificadas de acordo com práticas de comunicação colaborativas e unilaterais, elaboradas com base nos modelos simétricos e assimétricos de relações públicas de Grunig e Hunt (1984 apud Grunig, 2011). Para determinar o grau de sustentabilidade das organizações estudadas foram definidos cinco estágios: transformador, integrado, mercadológico, ecoeficiente e rudimentar. Os estágios foram determinados a partir dos conceitos de Mirvis e Googins (2006); Lauriano, Bueno, Spitzeck (2014); Willard (2005, apud IBGC, 2007); Nidumolu, Prahalad e Rangaswami (2009) e Amato Neto (2011). Por último, as empresas foram posicionadas na Matriz Balizadora das Informações da Pesquisa, de acordo com as suas práticas de comunicação (eixo vertical) e estágio de sustentabilidade (eixo horizontal). Constatou-se que 33 empresas (82,5%) adotam comunicação colaborativa e apenas sete (17,5%) unilateral. Em relação à sustentabilidade, 29 MPMEs (72,5%) estão no estágio transformador, o mais avançado de todos, oito (20%) estão no estágio integrado, duas estão no mercadológico e uma no ecoeficiente. Concluiu-se que as organizações estudadas são muito ativas em ações de comunicação e relacionamento mesmo que não disponham de recursos financeiros ou equipes dedicadas a essas funções. As atividades de comunicação costumam ser lideradas, geridas ou executadas pelo empreendedor com elevada intenção estratégica. As ferramentas digitais conferem agilidade, flexibilidade e autonomia na interação com os stakeholders. No caso específico das micro e pequenas empresas (MPEs), viabilizaram o acesso à comunicação como meio de fortalecimento e sustentabilidade da empresa.