Estudo de genes associados com a maciez da carne em bovinos da raça Nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Minos Esperândio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-10072012-144547/
Resumo: O Brasil é o maior exportador de carne bovina mundial com aproximadamente 1,7 mil toneladas, e o segundo em produção, estando atrás apenas dos Estados Unidos. A produção brasileira está embasada em técnicas extensivas de produção. No entanto, esse sistema de produção exige rebanhos resistentes as grandes adversidades encontradas no ambiente. Os bovinos da raça Nelore, de origem Bos taurus indicus, são predominantes no rebanho brasileiro, devido sua elevada resistência ao ambiente tropical e seu potencial de produção. Estudos sobre a ciência da carne estão sendo realizados para avançar na seleção de animais que atendam com qualidade os consumidores, pois bovinos de origem Bos taurus indicus são conhecidos por produzirem carne de menor maciez quando comparado as raças de origem taurina. Com o objetivo de descobrir possíveis genes que estejam associados a força de cisalhamento da carne de animais da raça Nelore, foi avaliada no presente estudo, em uma primeira população (n=76), a expressão de genes que codificam proteínas da família de heat shock: CRYAB, HSPB1 e DNAJA1, e genes envolvidos na proteólise do tecido muscular: -calpaína (CAPN1), calpastatina (CAST) e duas isoformas do gene da calpastatina. A maior expressão do gene CRYAB foi associada a maior maciez da carne (menor força de cisalhamento) aos sete e 14 dias de maturação, enquanto a maior expressão do gene CAPN1 foi associada negativamente com a menor força de cisalhamento, na análise de 24 horas após abate, e positivamente com 14 dias de maturação da carne. No estudo também foi avaliado uma distinta população (n=138), quanto a diferença do perfil proteômico de amostras do músculo Longissimus dorsi, com auxílio da eletroforese bi-dimensional (2-DE), seguido do sequenciamento peptídico por espectrometria de massas (EM), para identificação das proteínas com diferentes quantidades nos extremos fenotípicos de força de cisalhamento da carne. Foram observados 17 spots com diferentes volumes entre os extremos fenotípicos (P0,05), sendo 13 deles identificados. Entre as identificações estão proteínas estruturais, relacionadas a proteção celular, metabolismo energético e lipídico, e proteínas não caracterizadas. Baseado nos resultados existe a possibilidade de traçar um perfil protéico, ou com fragmentos protéicos, para identificar amostras que proporcionem carne de maior maciez.