Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pasqual, Renato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-23112011-092708/
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Resumo: |
O presente estudo trata da análise do uso de indicadores de sustentabilidade no porto de Santos SP. Procura levantar a problemática da utilização deste tipo de indicador para as atividades portuárias, sua importância e dificuldades. A pesquisa bibliográfica e documental de caráter exploratório buscou o correto entendimento do contexto atual de operação do porto de Santos SP, e as possibilidades de melhoria da gestão portuária para a sustentabilidade. Com base em uma metodologia amplamente aceita internacionalmente - o GRI (Global Reporting Initiative) e análise de informações coletadas junto à autoridade portuária - CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo) - o estudo apresenta uma proposta de estrutura de indicadores para a gestão e relato de sustentabilidade com base nos atuais indicadores de gestão do porto. O porto de Santos atualmente utiliza como ferramenta de monitoramento de suas atividades um sistema de indicadores de gestão que é composto por 70 indicadores, em sua maioria operacionais. A proposta apresentada foi estruturada em um grupo de indicadores para cada dimensão considerada essencial para a avaliação de sustentabilidade do porto econômica (4 indicadores), ambiental (11 indicadores) e social (5 indicadores). Perante o objetivo geral apresentado para este trabalho, foi possível verificar que o tema da sustentabilidade apresenta um campo muito grande para aplicação de seus conceitos nas diversas atividades do porto. Esta proposta pode ser adaptada para a realidade de outros portos do país, fornecendo base para o início de práticas de gestão e relatos de sustentabilidade, que possibilitem melhorias no controle de questões socioambientais complexas e que hoje possuem impactos significativos ao longo da costa brasileira, afetando populações de grande significância, em regiões que possuem características ecológicas de transição entre ambientes terrestres e aquáticos e que, além de seu valor biológico, sofrem grandes distúrbios de seu equilíbrio dinâmico natural devido a estes impactos antrópicos. A gestão de sustentabilidade do Porto de Santos apresenta grandes desafios, principalmente no gerenciamento dos diversos tipos de resíduos que são gerados, o controle de eventuais emissões provindas de vazamentos e outras situações emergenciais, e também das emissões contínuas. Outro ponto de grande relevância são as dragagens de aprofundamento do canal, que necessitam de um gerenciamento muito bem estruturado para a mitigação dos impactos ambientais destas obras. Esta estrutura de indicadores tem como usuários potenciais: os gestores do porto, que poderão obter informações relevantes para o planejamento e tomada de decisão relativa à sustentabilidade da organização; os órgãos reguladores, que obterão informações quanto ao atendimento de requisitos legais; a comunidade local, que ganhará a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento das ações sociais realizadas e seus resultados; as empresas usuárias do porto, que serão influenciadas a se alinhar com as ações em busca da sustentabilidade; organizações não-governamentais envolvidas com questões sócio-ambientais ou comprometidas com a preservação de condições ambientais; e demais interessados nos impactos causados pelo porto na região. |