Caracterização do padrão da ativação elétrica ventricular de indivíduos portadores de ressincronizador cardíaco através do mapeamento eletrocardiográfico de superfície

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Samesima, Nelson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-24052011-121744/
Resumo: INTRODUÇÃO: Os benefícios na morbi-mortalidade obtidos pela terapia de ressincronização cardíaca (TRC) em pacientes com insuficiência cardíaca estão bem estabelecidos. Métodos invasivos e não invasivos têm sido utilizados para identificar aqueles que realmente se beneficiarão da TRC, mas 30% destes pacientes não apresentam melhora clínica/funcional. Poucos estudos avaliaram o comportamento elétrico dos pacientes submetidos à TRC. OBJETIVO: Utilizamos um método não invasivo, o mapeamento eletrocardiográfico de superfície (MES) para caracterizar o padrão da ativação elétrica ventricular em pacientes após a TRC. MÉTODOS: Estudamos 91 pacientes submetidos à TRC, com insuficiência cardíaca e bloqueio de ramo esquerdo (BRE), sendo 36 excluídos devido a FA (20), BRD (3), cardiopatias hipertrófica (3) e congênita (1) ou dependentes de marcapasso antes da TRC (9). Idade média:61±10 anos, FEVE:0,28±0,9, QRS:182±24ms, classe funcional NYHA: III(78%) e IV(22%). Com o ressincronizador ligado e desligado, todos realizaram o MES, o qual fornece 87 derivações simultâneas (58 anteriores e 29 posteriores). Os mapas isócronos obtidos pelo MES forneceram os tempos de ativação ventricular (TAV) global máximo e médio nas 87 derivações. Os TAVs obtidos foram regionalizados, sendo calculados os valores médios nas áreas do VD, do septo e do VE. Analisamos a diferença do TAV entre o VD e o VE, entre o septo e o VD e entre o septo e o VE, definidos como TAV Inter-Regional. Utilizados os testes de Mann-Whitney, Kruskall-Wallis, Fisher. Nível de significância: P0.05. RESULTADOS: O MES durante ritmo sinusal e BRE mostrou que os pacientes apresentavam prolongado TAV Global máximo e médio (138ms e 64,8ms, respectivamente) com significativa diferença Regional (54,5 x 56,4 x 95,9ms; p<0,0001; VD, septo e VE, respectivamente). A TRC reduziu o TAV Global máximo (138ms x 131ms; p=0,007) e o TAV Regional do VE (95,9 x 77,3ms; p=0,001). Houve aumento do TAV Regional do VD (54,5 x 78,9ms; p=0,001), sem alteração do TAV Regional do septo (56,4 x 59,6ms; p=ns). O comportamento do TAV Inter-Regional foi: Redução do TAV VE-VD (43,8 x 17,0ms; p=0,001) e do TAV septo-VE (42,6 x 16,3ms; p=0,001) e aumento do TAV septo-VD (6,9 x 16,0ms; p=0,002). CONCLUSÃO: O Mapeamento Eletrocardiográfico de Superfície possibilitou a caracterização detalhada da ativação elétrica ventricular de pacientes portadores de ressincronizador cardíaco através do comportamento elétrico global, regional e Inter-Regional durante ritmo sinusal com bloqueio de ramo esquerdo e estimulação biventricular