Gravity\'s Rainbow, de Thomas Pynchon: paranoia, técnica moderna e narrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Encinas, Luis Fernando Catelan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-19112019-173204/
Resumo: Instalado no centro de uma tradição literária cujo tema é a aniquilação, Gravity\'s Rainbow (1973), romance do escritor norte-americano Thomas Pynchon, descreve as formas de dominação tecnológica mais temíveis todo um universo de possibilidades formais correspondente à experiência histórica de pós-guerra na qual o problema (paranoicamente motivado) da aniquilação veio a ocupar um lugar de destaque nas produções literárias da segunda metade do século XX (a exemplo de William Burroughs, Don DeLillo, entre outros). Do mesmo modo, o livro de Pynchon também está inserido na melhor tradição do romance. Neste sentido, poder-se-ia dizer que as estéticas e temáticas de Gravity\'s Rainbow não são de todo peculiares; ao contrário, fazem parte de uma longa e venerável tradição que recua no tempo e na história. Peculiar, no entanto, é o talento de Pynchon como romancista em juntar e articular inúmeros domínios e registros, compondo um amálgama indiferenciado de linguagens e formas absolutamente ímpar, o que nos faz pensar sobre as potencialidades da forma romance depois das vanguardas em Pynchon, forma esta que, surgindo inicialmente na Inglaterra, no século XVIII, reterritorializou-se em toda parte, e dá mostras, até o presente, de grande vitalidade. Assim, o presente estudo busca apreender a maneira como o romance de Thomas Pynchon elabora algumas tendências formais e temáticas próprias à experiência histórica de pós-guerra em que o problema da aniquilação ocupou lugar de destaque em algumas criações literárias, com ênfase na questão da paranoia elevada à categoria de problema, no significado da técnica moderna nas sociedades contemporâneas e no problema narrativo da anulação do sentimento de direção (a perda de tensão em direção a uma meta), enquanto elementos centrais de certo romance contemporâneo.