Determinantes estratégicos de ecoeficiências de empresas chinesas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lennan, Maria Laura Ferranty Mac
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-03022017-104308/
Resumo: Preocupações com sustentabilidade ambiental são recorrentes tanto no meio acadêmico, como no meio empresarial. Elas ecoam ao se pensar no crescimento econômico chinês e nos impactos das atividades produtivas no meio ambiente. A China é o país emergente com as maiores taxas de crescimento econômico no mundo, porém sua imagem também reflete sua vulnerabilidade com relação à ecologia. Tendo isso em consideração e procurando compreender como isso repercute nas operações internacionais, esta tese estuda os determinantes estratégicos das empresas chinesas em operação no Brasil, pelas lentes teóricas do tripé da estratégia. A sustentabilidade ambiental se operacionalizou em ecoeficiência, termo desdobrado em eco-inovação, eco-reputação e manufatura verde. Dado que os aspectos estratégicos direcionam as ações empresariais, isto se torna ainda mais complexo ao se analisar a operação internacional, uma vez que além dos aspectos internos e de mercado, a empresa é influenciada por forças institucionais relacionados com seu mercado de origem e com o mercado de destino das vendas externas. Esta tese inova ao relacionar aspectos do tripé da estratégia com as estratégias de ecoeficiência de empresas chinesas no Brasil. São utilizadas técnicas quantitativas para testar as hipóteses. A análise é feita utilizando modelo de equações estruturais, com o software SmartPLS v3. Os resultados indicam que há associação positiva entre os recursos internos da empresa e ações de ecoeficiência nos seus três desdobramentos (eco-inovação, eco-reputação e manufatura verde). No caso da visão baseada na indústria, encontrou-se associação positiva com manufatura verde e eco-reputação, mas não com as iniciativas de eco-inovação. Os aspectos institucionais do mercado brasileiro não puderam ser associados com nenhuma das iniciativas de ecoeficiência. Esta tese contribui para o entendimento de determinantes estratégicos na adoção de iniciativas ambientais, ao indicar a importância dos recursos na implantação dessas estratégias. Não se confirma a importância da vertente institucional no modelo teórico-conceitual, o que mostra limitação à extensão dessa teoria. Os resultados, do ponto de vista gerencial, mostram que as forças de mercado estimulam as empresas a empreender em iniciativas de eco-reputação e os processos de manufatura. Contudo, verifica-se que os aspectos de eco-inovação nas empresas chinesas ainda não foram influenciados pelas demandas do mercado brasileiro.