Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Machado, Daniel Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-12092014-151733/
|
Resumo: |
Introdução: Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) tem sido considerada como importante medida de avaliação do estado de saúde e de predição de mortalidade em idosos. Diversos estudos detectaram fatores associados à QVRS de idosos, mas, poucos deles, até o momento, propuseram-se a analisar as associações entre violência e QVRS dessa população. Objetivos: identificar a prevalência e as características da violência contra idosos não institucionalizados, residentes no Município de São Paulo; comparar idosos expostos e não expostos à violência em relação a dados sociodemográficos, econômicos, de saúde, de funcionalidade familiar, de incapacidade funcional e dos componentes físico e mental da QVRS; verificar se a violência é um fator independente associado aos escores dos componentes físico e mental da QVRS de idosos. Método: esta pesquisa transversal é parte integrante do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento). Os dados foram coletados em 2010 e a amostra compôs-se de 1.147 idosos que responderam o Short-Form 12 Health Related Survey (SF-12), instrumento genérico que avalia a QVRS em seus Componentes Físico (CF) e Mental (CM). O CF e o CM do SF-12 foram as variáveis dependentes do estudo. Utilizou-se a regressão linear múltipla, método stepwise backward, para identificação dos fatores associados aos componentes da QVRS. Resultados: a prevalência da violência contra idosos foi de 10,1% (IC 95% 8,4 12), e o tipo mais comum foi a psicológica (9,3%). As variáveis idade e coabitação não diferenciaram significativamente os idosos expostos e não expostos à violência. Sexo feminino, insuficiência de renda, baixa escolaridade, família disfuncional, saúde percebida como ruim, multimorbidade, dor referida, sintomas depressivos, deterioração cognitiva e dificuldades para executar ABVD ou AIVD foram as características presentes em maior proporção no grupo de idosos expostos à violência, quando comparados ao grupo não exposto. Além disso, os idosos expostos à violência, em comparação aos não expostos, alcançaram menores médias nos escores no CF (44,4, DP=10,8 contra 49,1, DP=9,3) e no CM (50,1, DP=12 contra 55,8, DP=7,5) com p<0,001 em ambos os componentes. Na análise múltipla, a violência contra idosos permaneceu significativamente associada ao CM da QVRS (=-2,69; p<0,001), independente de covariáveis demográficas, econômicas, de saúde, de apoio familiar e de incapacidade funcional. Conclusão: a prevalência da violência contra idosos detectada neste estudo foi elevada; os idosos expostos à violência, em comparação aos não expostos, apresentaram diferenças em relação às suas características demográficas, econômicas, de saúde, de funcionalidade familiar e de incapacidade funcional; e a exposição à violência comprometeu o CM da QVRS dos idosos. Medidas de prevenção e controle desse agravo à saúde devem ser tratadas como prioritárias à população idosa |